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Capital

Moradores confirmam desacato em abordagem que teve confusão

Segundo as pessoas ouvidas, ação era só para levar carro, mas acabou virando tumulto

Caroline Maldonado e Bruna Marques | 27/06/2021 12:42
Moradores confirmam desacato em abordagem que teve confusão
Abordagem foi na Rua Piraputanga, no Jardim Noroeste (Foto: Kisie Ainoã)

Era para ser uma simples abordagem com remoção de veículo irregular, mas terceiros se intrometeram desacatando a polícia, segundo vizinhos que confirmam a versão dos militares sobre o uso de balas de borracha e detenção de três pessoas, na noite de sábado (26), na Rua Piraputanga, no Jardim Noroeste. Moradores disseram que uma detida chegou a danificar a viatura e houve tumulto, por isso a polícia teve que chamar reforço da Força Tática, que revidou, e acrescentam que os militares usaram também bombas de efeito moral.

O condutor do veículo levado até voltou para beber no bar depois que teve o carro removido e as outras pessoas foram detidas, segundo uma moradora, que preferiu não se identificar. Tudo começou quando o homem saiu do bar fazendo manobras ilegais com um Chevrolet Vectra e foi abordado por uma guarnição do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito), que passava pelo local.

“Ele sempre sai cantando pneu quando está bêbado. Acelerou muito, mas acabou parando a pedido da polícia. Ele não se negou a entregar o carro, mas outras pessoas desacataram a polícia. Um deles foi atingido com bala de borracha, fugiu para o fundo do bar, mas acabou sendo levado também. A polícia só fez o trabalho dela. O dono do carro voltou para o bar”, contou a moradora.

Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher de 30 anos e um homem de 28 e outro de 22 anos foram os responsáveis pela confusão.  A mulher chegou a danificar a viatura com um capacete, enquanto outro derrubou um policial. Com a aglomeração de pessoas, os policiais de trânsito receberam reforço da Força Tática.

Moradora do local há oito anos, a vidraceira Lusa Ribeiro, de 42 anos, disse que a polícia sempre passa para fazer blitz e ou rondas na região. “De vez em quando tem confusão nesse bar. Ouvi tiros, mas era muito baixo para serem tiros. Quando saí já tinha guincho com sete motos e um carro. Falaram que uma mulher tentou bater com algo no carro da polícia e aí soltaram três bombas de gás lacrimogêneo”, relatou.

Moradores confirmam desacato em abordagem que teve confusão
A vidraceira Lusa Ribeiro, de 42 anos, mora há oito anos próximo ao bar onde confusão começou (Foto: Kisie Ainoã)

Dona de casa de 36 anos, que não se identificou, reclamou do uso de bombas de efeito moral na abordagem. “Na hora que policiais deram os tiros começamos a passar mal dentro de casa por causa do cheiro que veio para dentro. Meu esposo e meninas começaram a tossir. Achei uma sacanagem usarem isso, porque tinha inclusive crianças ao redor”, disse a moradora que não soube dar mais detalhes do que aconteceu porque não saiu de casa para ver.

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