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Capital

Moradores espalham placas irônicas para reclamar de ruas esburacas

Alan Diógenes | 04/05/2014 15:59
Motoristas possuem dificuldade para passar por buracos no meio do cruzamento. (Fotos enviadas pelo jornalista Silvio Andrade)
Motoristas possuem dificuldade para passar por buracos no meio do cruzamento. (Fotos enviadas pelo jornalista Silvio Andrade)

Moradores do bairro Rita Vieira arrumaram uma maneira criativa de protestar pela falta de asfalto e diante das ruas esburacadas da região. No cruzamento da rua Rio Bonito com a Vilma Andrade da Costa, eles colocaram placas com palavras irônicas contra a prefeitura de Campo Grande. Além disso, a sinalização serve para alertar motoristas sobre o perigo que chega a ter meio metro de profundidade.

O motorista Marcos Cezar de Camargo, 42 anos, conta que já viu vários veículos caírem nos buracos e os condutores não conseguirem retirá-los. “Sempre tem carro caindo aí dentro e ficando destruído. Meu primo, por exemplo, esses dias não enxergou as placas e acabou caindo. Com o impacto, o para-choque do carro dele saiu do lugar”, garante.

O comerciante Samuel Vicente David, 26 anos, afirma que em uma ocasião estava na frente de casa e, em um período de meia hora, quatro veículos caíram nas crateras. Revoltado, ele comenta que a prefeitura, além de não resolver o problema, também não arca com os prejuízos materiais das pessoas que tiveram veículos danificados. “Sei que a pessoa que teve o carro estragado por causa de buraco pode solicitar a reparação do dano na prefeitura, mas nunca vi ninguém que conseguiu o dinheiro. Se a pessoa entra na Justiça é pior ainda, porque existe a demora para o processo ser julgado”, salienta.

Samuel diz que tem uma vizinha cadeirante impossibilitada de sair de casa, porque não consegue andar com a cadeira de rodas e enfrentar as pedras e buracos existentes na região. Ele afirma ainda que vários estudantes passam pelo local para ir até uma escola próxima e estão correndo o perigo de sofrer uma queda. “O fluxo de pessoas é intenso na região. Qualquer momento um idoso, deficiente ou criança pode sofrer um acidente aqui.”

O motorista Samuel Emídio, 37 anos, reclama que paga todos os anos R$ 900 de IPTU (Imposto predial territorial urbano), mas até hoje não viu nenhuma melhoria no bairro. “A gente paga os impostos em dia, mas não temos retorno”, argumentou.

Ele diz que precisa dar voltas, procurando outras ruas “melhores”, para então estacionar sua carreta em frente de casa. Segundo ele, o problema piora durante a noite e quando chove. “A noite as pessoas não conseguem enxergar as placas, nem os buracos e acabam caindo dentro. Quando chove é pior ainda, porque as pedras rolam pela rua e ficam amontoadas por todo o canto”, finalizou.

Nas placas colocadas como forma de protesto na região está escrito: “Cuidado com o buraco do prefeito”, “Que vergonha”, “Cadê o IPTU que pagamos”, entre outras frases.

Pedestres que passam pelo local podem sofrer uma queda nos buracos. (Foto: Silvio Andrade)
Pedestres que passam pelo local podem sofrer uma queda nos buracos. (Foto: Silvio Andrade)
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