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Capital

Moradores reclamam da sujeira deixada por visitantes e ambulantes na Orla Morena

Alan Diógenes e Helton Verão | 21/04/2014 21:02
Moradores querem que prefeitura crie regras para a atividade dos ambulantes. (Foto: Helton Verão)
Moradores querem que prefeitura crie regras para a atividade dos ambulantes. (Foto: Helton Verão)

Moradores dos bairros próximos à Orla Morena, em Campo Grande, estão revoltados com a sujeira que alguns visitantes e vendedores ambulantes deixam no local. Outra reclamação é do aumento do vandalismo na região, que está acabando com a estrutura do ponto turístico.

De acordo com o presidente da Associação dos Amigos da Orla Morena, Ricardo Sanches, 32 anos, houve um aumento considerável dos vendedores ambulantes no local. Ele afirma que alguns desses comerciantes não limpam a sujeira deixada pelos clientes, e que alguns moradores não aguentam mais essa falta de comprometimento de alguns indivíduos.

Ricardo reclama também que alguns jovens que frequentam a Orla Morena estão praticando vandalismo. Ele conta que de 15 lixeiras que existiam no lugar, restam apenas sete. Essas lixeiras também já estão danificadas.

A equipe do Campo Grande News foi conferir a situação e constatou que realmente existe uma grande quantidade de vendedores ambulantes no local. São comerciantes de pipoca, caldo de cana, brinquedos, cachorro-quente, perfume, água de coco, entre outros produtos.

Ricardo disse que já denunciou a situação para a prefeitura da Capital, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), mas até agora nada foi resolvido. Ele quer que os órgãos regulamentem a profissão dos ambulantes e criem regras para o exercício da atividade, ou que retirem os comerciantes do lugar.

“O problema é que alguns vendedores não se conscientizam de recolher seu lixo. É uma falta de educação com as pessoas que frequentam o local. Eles deveriam ter todo o cuidado com a limpeza e com clientes que vão até as barracas”, destacou.

Em relação ao vandalismo, Ricardo afirmou que a Polícia Militar e a Guarda Municipal até fazem rondas no local, mas também estão de mãos atadas. “Se eles não possuem autonomia para falar com os vândalos, imagina a gente”, salientou.

A secretária Maria de Freitas, 65 anos, que mora a 40 anos no lugar, lembra que plantou árvores na Orla Morena, mas alguns jovens arrancaram para jogar futebol. Ela reclamou também que alguns visitantes levam seus cachorros para passear, mas não levam os saquinhos para retirar as fezes dos animais. “Todo o dia é a mesma desculpa. Eles falam que se esqueceram de trazer o saco plástico. A areia do parquinho é podre de urina de animais e vândalos. Cansei de pedir sacolinhas na padaria para catar cocô que fica no local”, pontuou.

O padeiro Edson Augusto Zanato, 48 anos, informou que limpava a região na frente da casa dele, onde ficam localizadas a academia ao ar livre e o parquinho da Orla Morena. Mas as pessoas achavam que ele funcionário da prefeitura e tinha obrigação de fazer isso. Cansado, Edson deixou de limpar o local.

Para ele a prefeitura deveria criar um setor que cuide especificamente das praças e áreas de lazer de Campo Grande. “Isso aqui é um cartão postal. O que for feito aqui, vai ser seguido como exemplo em outras regiões” finalizou.

Tentamos entrar em contato com a prefeitura, Semadur e Seintrha, mas os telefonemas não foram atendidos, pois os órgãos estão de recesso devido o “feriado Santo” e Tiradentes.

Pessoas passeiam com animais, mas não limpam fezes. (Foto: Helton Verão)
Pessoas passeiam com animais, mas não limpam fezes. (Foto: Helton Verão)
Das 15 lixeiras existentes, restaram apenas sete que já também estão quebradas. (Foto: Helton Verão)
Das 15 lixeiras existentes, restaram apenas sete que já também estão quebradas. (Foto: Helton Verão)
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