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Capital

Morto a tiros tinha planos de ter filhos e morava há 8 meses no Caiobá

O crime aconteceu no Residencial Celina Jallad, na Rua Janaína Chacha de Melo. O corpo de Wellington foi enterrado nesta manhã (25), no Cemitério São Sebastião

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 25/10/2017 12:45
A fisioterapeuta Vaneska Pascoal, cunhada da vítima, conta que Wellington morava há pouco mais de 6 meses no residencial (Foto: Marina Pacheco)
A fisioterapeuta Vaneska Pascoal, cunhada da vítima, conta que Wellington morava há pouco mais de 6 meses no residencial (Foto: Marina Pacheco)

O motorista de Uber Wellington Contes Gonçalves, 35 anos, morto com três tiros, na última segunda-feira (23), morava há pouco tempo no Bairro Caiobá II e fazia planos com a esposa em ter filho no ano que vem. O crime aconteceu no Residencial Celina Jallad, na Rua Janaína Chacha de Melo, em Campo Grande.

O atirador, Ademir Duran, 49 anos, foi preso em flagrante e levado para uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Ademir matou a vítima após esfaquear o cunhado Ataíde Gavila Ortiz, 49 anos.

O corpo de Wellington foi enterrado nesta manhã (25), no Cemitério São Sebastião. A fisioterapeuta Vaneska Pascoal, cunhada da vítima, conta que Wellington morava há pouco mais de 6 meses no residencial. “Pra gente foi uma tragédia. Ele saiu para ir ao mercado e perdeu a vida. Queremos justiça e o apoio da população e dos motoristas de Uber”, disse durante o sepultamento do cunhado.

Segundo Vaneska, no dia em que Wellington foi morto, a esposa dele ia acompanhá-lo até o mercado, mas foi até o portão e decidiu ficar em casa. “Pouco depois, ela recebeu a notícia da morte dele”, lamenta.

Familiares e amigos estão revoltados com a situação e pedem por justiça (Foto: Mariana Pacheco)
Familiares e amigos estão revoltados com a situação e pedem por justiça (Foto: Mariana Pacheco)

O caso - Conforme as testemunhas, os cunhados Ataíde e Ademir passaram a tarde na casa do autor conversando e consumindo bebidas alcoólicas. Porém, em determinado momento, os dois começaram a discutir. Ademir, então, sacou um revólver calibre 32 e, para se defender, Ataíde se armou com uma faca na cozinha. A mulher de Ademir, irmã de Ataíde, ainda tentou intervir, mas acabou se ferindo e desistiu.

Ela voltou para dentro da casa e fugiu pela janela dos fundos com o filho de 11 anos, pois a briga acontecia em frente à porta de saída da residência. A confusão entre os cunhados prosseguiu. Ademir, armado com uma arma de fogo, conseguiu tirar a faca de Ataíde e acertou o cunhado no pescoço. Em seguida, ele deixou a faca e a vítima quase degolada no chão e saiu na rua, foi quando encontrou Wellington, que não tinha nada a ver com a confusão.

O motorista tinha deixado o carro no lava-jato minutos antes. Ao passar perto da casa, percebeu a movimentação e perguntou o que tinha acontecido e se o vizinho precisava de ajuda, mas como resposta foi atingido com três tiros, sendo um deles na nuca. A vítima morreu no local. Já Ataíde foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado à Santa Casa, onde passou por cirurgias e continua internado. 

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