Movimento reúne 8,1 mil no Facebook, mas só 200 marcham nas ruas

Sucesso na internet, com mais de 8 mil pessoas confirmadas em evento no Facebook, o movimento “Marcha da Mordaça”, organizado em protesto ao aumento dos impostos e a suposta “censura” imposta pela presidente Dilma Roussef (PT) durante visita a Capital, no início do mês, levou cerca de 200 pessoas às ruas da Capital no final da tarde desta quarta-feira (11).

O movimento foi iniciado pelo funcionário público, Vinícius Siqueira, que teria sido impedido de seguir com um trio elétrico até o local onde acontecia a inauguração da Casa da Mulher Brasileira e acabou ganhando força. Na época, Vinícius alegou que o ato foi “orquestrado” para blindar a presidente dos protestos.

Vestidos de preto, com uma mordaça na boca e munidos de cartazes com os dizeres: “fora Dilma, fora PT, Chega de impostos, Impeachment já” os manifestantes se reuniram por volta das 17h30 em frente a praça Ary Coelho, na Rua 14 de julho com Avenida Afonso Pena.

De maneira pacifica e acompanhados do carro de som o grupo  marchou pelas ruas: 14 de julho, Barão do Rio Branco, 13 de maio, e retornaram ao ponto inicial pela Afonso Pena, onde foi realizado o enterro simbólico da presidente Dilma, carregada em um caixão que seguiu sob cortejo.

O ato chamou a atenção e foi ganhando “simpatizantes” ao longo da caminhada. Alguns decidiram até seguir junto com o grupo. Segundo a PM a manifestação reuniu 200 pessoas.

No auge dos seus 83 anos, o aposentado Elias Cintra foi um dos que decidiu aderir o movimento. Devidamente “trajado” Elias enalteceu a “coragem”, principalmente do jovens, de irem às ruas e protestarem de maneira pacifica.

“Precisamos difundir esse senso critico, questionador, principalmente entre os jovens. Não podemos simplesmente aceitar o que nos é imposto. E isso nós conseguimos de forma democrática. E isso aqui é uma demostração de que podemos buscar isso. Temos que plantar essa sementinha em todos. Porque temos que engolir tudo: corrupção, impostos e mais impostos, ações políticas que estão denegrindo a imagem e a economia do nosso País diante do mundo?”, questionou.

Entre os manifestantes que cobram o “fim da corrupção e roubalheira política” estava um político. Vereador pelo município de Miranda, a 201 quilômetros da Capital, Giorgio Cordella não se sente incomodado pela descrença na classe política. Cordella afirma que é preciso que a população cobre os seus direitos e principalmente questione se o realmente o atual “quadro político” os representa.

“Temos que fazer uma reflexão a respeito de tudo isso. Aqui é só o ponta pé inicial. Essas pessoas claramente se mostram descontentes com que nos está sendo imposto e assim como eu vamos buscar o melhor para o País”, ponderou.

Toda a manifestação foi realizada de forma pacífica e acompanhada por policiais da Bptran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), agentes de trânsito da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), que auxiliaram no controle do trafego de veículos e pessoas durante o protesto.