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Capital

MP pede júri popular para traficante que atropelou e matou menina

Nadyenka Castro | 13/07/2012 16:59

Promotor de Justiça pede pronúncia por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima

Rua em que Rayane foi atropelada por Magno, que fugia da Polícia. (Foto: Fernando da Mata/ Arquivo)
Rua em que Rayane foi atropelada por Magno, que fugia da Polícia. (Foto: Fernando da Mata/ Arquivo)

O MPE (Ministério Público Estadual) pede júri popular para o traficante Magno Henrique Martins dos Santos, 28 anos, que no dia 29 de fevereiro deste ano, no bairro Tarsila do Amaral, região do Nova Lima, em Campo Grande, atropelou e matou Rayane Amorim Piccelli Pereira, de seis anos.

Nas alegações finais, o promotor de Justiça Fernando Martins Zaupa pede pronúncia de Magno por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e aumento de pena também pelo fato da vítima ser menor de 14 anos.

O promotor pede que Magno seja pronunciado também pelos crimes de desrespeito a ordem de funcionário público e por dirigir sem ser habilitado.

Para que Magno seja pronunciado por estes crimes, o promotor citou nas alegações finais trechos de depoimentos em juízo de testemunhas, informações que constam nos laudos periciais e jurisprudência em casos semelhantes.

“ ... quando ele [Magno] chegou lá na frente, uns 150 metros, tinha três crianças vindo de encontro, e ele acertou a menina do meio, que estava próxima ao meio fio e arremessou ela à frente, e ainda posteriormente passou por cima de novo da criança, e evadiu...”, disse em juízo um dos policiais civis envolvidos na perseguição a Magno.

Ao perceber a aproximação da viatura policial, Magno aumentou a velocidade da moto que pilotava e saiu em fuga por várias ruas. Ao chegar na rua Major Giovani Francisco Nadalin, trê crianças caminhavam pela via, em sentido oposto ao dele.

“Desta forma, o acusado que estava no meio da via, manobrou sua motocicleta em direção às referidas crianças, dentre elas, a vítima fatal, instante em que o réu Magno Henrique propositadamente atropelou a vítima Rayane, arremessando-a vários metros à frente de sua motocicleta. Após, mesmo podendo desviar do corpo da menina, que já agonizava prostrada ao chão, metros à frente, o réu novamente passou com a sua motocicleta por cima da vítima”, diz o Ministério Público.

O acusado confessa que atropelou Rayane, mas, diz que não teve intenção de atingi-la e que houve acidente.

O réu foi preso em outra rua, na Berta Lutz, “... após os policias civis inclusive terem efetuado disparos de arma de fogo para o alto...”, consta nas alegações finais.

Após ser atropelada, Rayane foi socorrida para a Santa Casa e morreu horas depois com traumatismo craniano grave, lesões em crânio, face, tórax e abdômen, lacerações em região vaginal e lesão extensa em coxa esquerda.

Júri popular - As alegações finais no processo contra Magno já estão com a Justiça. Agora, a defesa também irá apresentar as alegações finais e somente depois disso o juiz responsável decide se pronuncia o réu de acordo com as provas da acusação, se retira qualificadoras e/ou crimes ou ainda se faz a impronúncia.

Se caso houver a pronúncia- júri popular – e o réu não concordar, pode recorrer ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que pode manter, ou não, a sentença de primeiro grau.

Magno tem passagens pela Polícia desde 2008 pelos crimes de tráfico de drogas, furto, tentativa de homicídio, perturbação do sossego alheio e violência doméstica. Ele estava foragido quando matou Rayane. Havia contra ele mandado de prisão expedido pela comarca de Rio Verde.

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