ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 21º

Capital

MPE recomenda que município rompa contrato da manutenção de cemitérios

Ricardo Campos Jr. | 02/12/2015 15:13
Promotoria recomenda que município faça licitação para manutenção de cemitérios (Foto: Marcos Ermínio)
Promotoria recomenda que município faça licitação para manutenção de cemitérios (Foto: Marcos Ermínio)

O MPE (Ministério Público Estadual) recomendou à prefeitura que não renove o contrato com a Taíra Prestadora de Serviços para administrar e conservar os cemitérios municipais. Em texto publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (2), a 29ª Promotoria de Justiça afirma ser irregular a falta de licitação para subsidiar a manutenção desses espaços.

No entendimento do órgão, o caráter emergencial apresentado pelo Executivo como justificativa para burlar o pregão não pode ser aceito. É inadmissível, segundo o MPE, que o gestor não tome nenhuma medida sabendo que determinada situação possa ocorrer e tornar necessário um contrato temporário.

O MPE considera, por conseguinte, que a falta de licitação ocorreu por mera falta de planejamento da administração pública.

A última renovação de contrato com a Taíra foi realizada no dia 16 de julho no valor de R$ 1.162.800 dividido em pagamentos mensais de R$ 193.800 com validade até o dia 3 de janeiro. Na época, o município sinalizou que o prazo poderia não chegar ao fim, já que havia intenção de licitar o serviço, o que não ocorreu.

Milton Akio Taíra, dono da prestadora de serviços, afirma que a prefeitura não tem feito o pagamento da quantia, totalizando quase R$ 979 mil em atrasos. Sobre a recomendação, o empresário afirma que não cabe a ele fazer as licitações. “Era para ter sido feito, mas eles suspenderam”, diz.

Questionado se aceitaria renovar mais uma vez o contrato em 2016, Taíra afirma que “nessas condições, não, pois não estamos recebendo”.

O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura para saber quais serão as providências a serem tomadas com a publicação da recomendação, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

Nos siga no Google Notícias