Após reclamações de moradores, MP investiga condições de batalhões policiais
Inquérito apura se Batalhão de Choque e o 9º BPM precisam ser transferidos para outras regiões da cidade
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou um inquérito civil para investigar as condições do 9º Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão de Choque, em Campo Grande. A apuração visa verificar se as unidades estão operando adequadamente e se necessitam de realocação, devido à situação precária em que se encontram. A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, surgiu após reclamações de moradores sobre barulho e uso de produtos químicos durante treinamentos. Apesar de estudos para a transferência do batalhão, a falta de planejamento e a ausência de previsão para novas sedes motivaram a ação do MPMS, que busca garantir melhores condições para os policiais e um serviço de qualidade à população.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu um inquérito civil para investigar as condições do 9º Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão de Choque, em Campo Grande. O objetivo é apurar se os dois batalhões estão funcionando de forma adequada e se precisam ser realocados, já que ambos estariam em situação precária.
A investigação, que está sob a responsabilidade do Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), começou a partir de um procedimento administrativo que monitorava as condições estruturais das unidades da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).
No caso do BPChoque, as preocupações são antigas. Em 2022, moradores de um condomínio no bairro Chácara Cachoeira reclamaram do barulho de cães e do uso de bombas com conteúdo químico durante os treinamentos no local.
Para resolver o problema, foram feitos estudos para transferir o batalhão para outra região da cidade, além da criação de uma comissão para discutir a reestruturação das unidades de segurança pública. Mas, em 2024, a comissão foi encerrada, alegando desinteresse no imóvel que seria utilizado.
Com novas reclamações de moradores, o Gacep solicitou explicações ao Comando-Geral da PM, que confirmou os problemas enfrentados pelas unidades e reconheceu que a mudança de endereço é uma demanda antiga e urgente. Já a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) informou ao Gacep que, por enquanto, não há previsão para a transferência ou construção de novas sedes para os batalhões.
A falta de um planejamento concreto para resolver o impasse levou o MPMS, por meio do Gacep e sob a coordenação do promotor de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, a instaurar o inquérito civil. O objetivo é garantir que o Estado tome providências efetivas, assegurando melhores condições de trabalho para os policiais e a prestação de um serviço de qualidade à população.
Em 2025, matéria do Campo Grande News expôs algumas das reclamações feitas por pessoas que moram próximo ao batalhão, no alto da Avenida Afonso Pena. Condomínio Residencial San Pietro Villaggio, que fica ao lado da sede da corporação, acionou a Justiça por perturbação de sossego.
Fora o barulho incessante e classificado como “insuportável”, há reclamação também relacionado ao mau cheiro, que atinge especialmente as casas 3 e 4 que são as mais próximas ao canil.
O batalhão foi criado em 2013 e o condomínio com 26 casas foi instalado lá um ano antes. A primeira reclamação do San Pietro diretamente ao Choque, entretanto, foi em 2022, no mês de setembro. Outra reclamação foi feita em julho de 2023 e então, houve resposta, que indicava a impossibilidade de qualquer alteração em relação ao problema.
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