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STF devolve concessão e destrava habilitação da Rota da Celulose

K-Infra reassume a BR-393, principal comprovante de qualificação apresentado no leilão sul-mato-grossense

Por Gustavo Bonotto | 03/07/2025 23:35
STF devolve concessão e destrava habilitação da Rota da Celulose
Veículo trafegando na Rodovia do Aço no Rio de Janeiro, trecho sob concessão da K-Infra. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou, nesta quinta-feira (3), que a K-Infra volte a operar a BR-393, trecho conhecido como "Rodovia do Aço", no Rio de Janeiro. A decisão favorece o consórcio vencedor da licitação da Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul, o que havia suspendido os prazos do contrato em junho.

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STF devolve concessão da BR-393 à K-Infra e destrava licitação da Rota da Celulose em MS. A decisão do ministro Gilmar Mendes determina a retomada da operação pela concessionária, após o governo federal rescindir o contrato sem calcular a indenização devida. A K-Infra integra o consórcio vencedor da licitação da Rota da Celulose, e a anulação anterior do contrato havia suspenso o processo em Mato Grosso do Sul.A retomada da concessão permite a continuidade da análise da licitação da Rota da Celulose, que prevê a administração de 870 km de rodovias no estado. A K-Infra alega que a maioria das infrações que motivaram a caducidade do contrato ocorreram antes de sua gestão. A empresa havia apresentado um plano de investimento de R$ 1,6 bilhão, rejeitado pelo governo. A Comissão Especial de Licitação de MS agora retomará a análise do processo.

A liminar do ministro Gilmar Mendes retoma a concessão à concessionária porque o governo federal afastou a empresa sem calcular a indenização devida. No dia 3 de junho, decreto anulou o contrato da BR-393 com a K-Infra, tirando do Consórcio K&G o principal comprovante de qualificação técnica apresentado no leilão da Rota da Celulose. Por esse motivo, a CEL (Comissão Especial de Licitação) suspendeu os prazos do processo em Mato Grosso do Sul para novas análises.

Segundo a nova decisão do STF, a K-Infra deve continuar operando a BR-393 até que seja calculada a indenização pelos bens reversíveis e elaborado o plano formal de transição. Gilmar Mendes afirmou que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) retirou a empresa "sem calcular previamente os valores", o que impediu "o direito de defesa e comprometeu serviços essenciais aos usuários".

Vale lembrar que a K-Infra assumiu a BR-393 em 2018 após má gestão da operadora anterior. A empresa afirma que 96% das infrações que motivaram a caducidade ocorreram antes de sua entrada. Em 2023, apresentou ao Ministério dos Transportes plano de investimento de R$ 1,6 bilhão, que foi rejeitado pelo governo.

A K-Infra integra o Consórcio K&G, formado também pela Galápagos Participações. O grupo venceu em maio a disputa para administrar 870 km de rodovias no Estado, com proposta que exige aporte de R$ 217 milhões. O contrato prevê pedágios em oito cidades, como Campo Grande, Três Lagoas e Nova Alvorada do Sul, cobrindo trechos das BRs-262 e 267, além das MS-040, 338 e 395.

Agora, a CEL ainda precisa concluir a análise técnica antes de confirmar a concessão em Mato Grosso do Sul. O Campo Grande News aguarda retorno do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas) sobre os próximos passos.

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