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Capital

MST bloqueia saída para São Paulo por falta de resposta sobre reforma agrária

O movimento reivindica a presença do presidente do Incra e do Ministro do Desenvolvimento Agrário no Estado

Por Bruna Marques | 30/04/2025 06:13
MST bloqueia saída para São Paulo por falta de resposta sobre reforma agrária
Manifestantes atearam fogo no trecho onde foi fechado nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam na manhã desta quarta-feira (30) um trecho da BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande. O protesto é uma resposta à ausência de diálogo por parte do governo federal sobre demandas ligadas à reforma agrária em Mato Grosso do Sul.

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MST bloqueia BR-163 em MS por reforma agrária. Cerca de 150 manifestantes impedem passagem de veículos na saída para São Paulo, em Campo Grande, exigindo diálogo com o governo federal sobre a distribuição de terras no estado. O movimento reivindica a presença do presidente do Incra e do Ministro do Desenvolvimento Agrário para negociações imediatas. Alegam que Mato Grosso do Sul é o único estado sem respostas concretas sobre a regularização fundiária e assentamento de famílias acampadas. Ambulâncias têm passagem liberada.

Segundo os manifestantes, o bloqueio ocorre devido à falta de resposta do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

"Decidimos fechar porque estamos com o Incra ocupado, mas até agora o governo federal não respondeu nossa pauta. Queremos a vinda do Cesar Aldrighi (Incra) e do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Eles dizem que podem vir daqui a um mês, mas daqui a um mês não resolve nosso problema", afirmou Claudinei Barbosa, 44 anos, um dos acampados.

MST bloqueia saída para São Paulo por falta de resposta sobre reforma agrária
Dezenas de manifestantes aderiram ao movimento (Foto: Direto das Ruas)

Mato Grosso do Sul, segundo os manifestantes, é o único Estado que ainda não recebeu respostas efetivas sobre a distribuição de terras. Cerca de 150 pessoas de diferentes regiões estão reunidas no protesto. Eles afirmam que estão permitindo a passagem de ambulâncias, mas mantêm o bloqueio para demais veículos.

“A resposta que esperamos é a presença dos dois representantes do governo aqui, com data e hora definidas. O superintendente do Incra no Estado não resolve nada. Vamos permanecer até termos uma resposta concreta, não algo para daqui um mês”, declarou Claudinei.

O movimento reivindica a regularização fundiária e o assentamento das famílias acampadas em diversas regiões do Estado. A manifestação segue sem previsão de encerramento.

MST bloqueia saída para São Paulo por falta de resposta sobre reforma agrária
BR-163 na saída para São Paulo bloqueada (Foto: Direto das Ruas)

Manifestações - No dia 26 de abril, cerca de 300 famílias do MST ocuparam uma propriedade rural da empresa JBS, localizada no distrito de Panambi, em Dourados, às margens da MS-379. O objetivo da ocupação era denunciar que o imóvel estaria há mais de 12 anos sem cumprir sua função social, além de reivindicar o assentamento das famílias que ocupavam a região há meses. A ocupação gerou forte reação dos proprietários e a mobilização de forças estaduais de segurança, incluindo o Batalhão de Choque, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e o Corpo de Bombeiros.

No dia seguinte, a intervenção das superintendências do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra foi fundamental para evitar o agravamento do conflito. Ainda assim, a ação policial realizada para retirar os manifestantes utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha, intensificando a tensão no local.

Já no dia 28 de abril, novas ações do MST ocorreram. Durante a madrugada, manifestantes bloquearam a BR-060, rodovia que liga Campo Grande a Sidrolândia, interditando a entrada do município. Até o momento da reportagem, não havia previsão de liberação da via. Na mesma manhã, integrantes do movimento ocuparam o prédio do Incra em Campo Grande, em busca de respostas sobre um assentamento localizado em Sidrolândia.

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