ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  30    CAMPO GRANDE 28º

Política

Associação repudia fala de Zeca, que chamou PM de "a droga da polícia"

Fala do deputado "extrapola os limites da crítica política", segundo a AOFMS

Por Gustavo Bonotto | 29/04/2025 22:02
Associação repudia fala de Zeca, que chamou PM de "a droga da polícia"
José Orcírio, o "Zeca do PT", durante sessão na Alems. (Foto: Carlos Henrique Wilhelms/Assessoria)

A associação que representa os militares de Mato Grosso do Sul publicou, nesta terça-feira (29), nota de repúdio contra o deputado estadual José Orcírio Miranda, o "Zeca do PT", após declarações feitas por ele durante sessão da Assembleia Legislativa. Mais cedo, o parlamentar se referiu à PM (Polícia Militar) como “a droga da polícia”, durante debate sobre protestos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a atuação da tropa de choque em ações de desocupação no Estado.

Segundo a entidade, a fala do deputado “extrapola os limites da crítica política e invade o terreno da ofensa gratuita”, atingindo a dignidade da corporação e de seus integrantes. A AOFMS cobra retratação pública e afirma que “não se pode tolerar que um representante do povo utilize a tribuna parlamentar para promover o descrédito das instituições de segurança pública”, diz texto da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais).

A fala de Zeca ocorreu durante "bate-boca" entre parlamentares de oposição e governistas, provocado pela apresentação de moções de aplauso e repúdio sobre os recentes confrontos no campo. O deputado João Henrique Catan (PL) propôs moção de aplauso à Polícia Militar, enquanto Zeca e a deputada Gleice Jane (PT) defenderam repúdio à ação. O tom subiu quando o também deputado Coronel David (PL) reagiu, dizendo: “droga é o senhor, droga é o seu partido”.

A confusão levou o presidente da Casa, Renato Câmara (MDB), a suspender a sessão por alguns minutos. Na retomada, parlamentares do PL deixaram o plenário.

Verde e amarelo x vermelho - No mesmo dia, Catan apresentou projeto de lei que institui o programa “Movimento dos Trabalhadores com Terra”, com foco na proteção da propriedade produtiva e combate a ocupações ilegais. A proposta também cria o “Abril Verde e Amarelo” no calendário oficial do Estado, em contraponto ao “Abril Vermelho” do MST. O lema sugerido é: “Por uma terra legal, produtiva e sem invasões”.

Catan afirmou que “não há espaço para o uso político da pobreza ou para movimentos organizados que afrontem a lei e a propriedade privada”. O projeto já está em tramitação na Casa.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.

Nos siga no Google Notícias