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Capital

“Muito sorridente”, dizem familiares e amigos em adeus a ciclista morto

Altivo seguia em grupo de ciclistas na Via Principal de Terenos quando foi atingido pelo carro

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 22/04/2021 12:10
Amigos e familiares carregam o caixão de Altivo (Foto: Henrique Kawaminami) 
Amigos e familiares carregam o caixão de Altivo (Foto: Henrique Kawaminami)

Amigos e familiares de Altivo Maiko Nantes Nogueira, de 38 anos, que morreu atropelado enquanto pedalava, prestaram a última homenagem ao ciclista na manhã desta quinta-feira (22). O acidente aconteceu ontem, no Assentamento Santa Mônica, em Terenos, a 25 quilômetros de Campo Grande. Ele foi velado e sepultado no Cemitério Memorial Park, na Capital.

Altivo deixa esposa e duas filhas, de 7 e 10 anos.

As minhas filhas, a minha família e eu estamos sendo consoladas por Deus”, disse nesta manhã Dalila Nantes, 40 anos.

A  viúva relembrou que o casal iria completar 18 anos  juntos no dia 14 de julho. “Receber a notícia da morte dele foi um choque, na verdade eu ainda estou em choque. Sem acreditar”, lamentou.

Pai presente, cristão, amava pedalar e levar as meninas para andar de bicicleta, contou a sobrinha Brenda Rocha, 23 anos. “Foi uma tragédia. Os meninos do pedal foram quem avisaram a família, mas até então não sabíamos da gravidade. A gente pensou que ele tinha quebrado só a perna, mas no hospital sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu. Ele era muito prestativo, um bom tio. Ninguém espera uma tragédia dessa”, afirmou.

Empresário e fundador do grupo, existente há 1 ano, Cláudio Ribas, 47 anos, conhecia Altivo desde novembro do ano passado. “Foi uma fatalidade. É importante deixar claro que ele não teve culpa, nem o motorista”, destacou.

Segundo ele, o amigo seguia com a proteção correta, mas acabou se desequilibrando e o carro o atropelou. “Saiu sangue pela boca e pelo nariz. Ele ficou desacordado e acordou minutos depois gritando de muita dor”.

Homenagem do grupo de ciclismo ao colega que foi atroepado durante passeio (Foto: Henrique Kawaminami)
Homenagem do grupo de ciclismo ao colega que foi atroepado durante passeio (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele disse que depois o grupo com 27 integrantes vai voltar no local para homenagear o colega de bike. “Ele era muito especial para a gente, tinha um jeito alegre e tranquilo. Todo mundo está sentindo muito. Era pai de família, levita e tocava na igreja. Gostava de ajudar. Era parceiro, um cara fantástico e estava sempre com sorriso no rosto”, comentou.

Cláudio explica que há muitos motivos que levam o ciclista a sair da cidade para pedalar. “Falta de cultura dos motoristas, falta de ciclovia ou pista ruim, com buracos”, lamentou.

Viu de perto - Há um ano no grupo, o motorista Luciano Ribas, 33 anos, era um dos cinco que estavam presentes no momento do acidente. Segundo ele, estava na frente e Altivo seguia logo atrás com uma amiga subindo a serra, quando ela gritou. Eles então voltaram para saber o que havia acontecido e encontraram o colega deitado. Havia muito sangue no chão.

“Não tinha sinal. Peguei o celular e corri até o vilarejo para pedir socorro. Uma ambulância do local o socorreu até a Avenida Bandeirantes, onde foi interceptada por uma equipe do Samu”.

Durante o trajeto, o ciclista teve duas paradas-cardíacas e ao dar entrada na Santa Casa teve outra. Ele morreu cerca de 30 minutos depois de dar entrada na unidade. “Era um amigão, um parceirão. Ontem, estava sendo um dos melhores pedais. Todo mundo estava sincronizado, mas infelizmente o passeio acabou assim. O que a gente pôde fazer para salvá-lo, a gente fez”, lamentou Luciano.

Também integrante do grupo, Maikon Quadros, 27 anos, chegou a fazer os primeiros socorros. “A gente sabia que era grave. O carro passou por cima dele. A maior lembrança que vai ficar dele será o sorriso no rosto”, disse. Veja, abaixo, a homenagem feita pelos amigos da vítima.

 Acidente - Conforme boletim de ocorrência, Altivo e uma amiga estavam com um grupo de ciclistas na Via Principal quando, por volta das 8h20, ele foi atingido por um veículo Fiat Uno. Depois da batida, o automóvel chegou a passar sobre o corpo da vítima.

O motorista do carro parou, prestou socorro e ligou para o Corpo de Bombeiros, no entanto, um dos ciclistas encontrou uma ambulância social de Terenos que passava pelo local e levou a vítima de encontro a viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

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