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Capital

Negada liberdade a policial militar que matou trabalhador a tiro

Nadyenka Castro | 01/03/2013 15:29
Família de Ike no Fórum de Campo Grande, no dia 7 de fevereiro. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Família de Ike no Fórum de Campo Grande, no dia 7 de fevereiro. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Decisão em caráter liminar do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) mantém preso o policial militar Bonifácio Santos Júnior, que na madrugada do dia 28 de outubro do ano passado, em frente à casa de shows Santa Fé, matou o técnico de enfermagem Ike Cézar Gonçalves, de 29 anos.

A decisão é do desembargador Francisco Gerardo de Sousa, da 1ª Câmara Criminal. Agora, o pedido de habeas corpus vai para parecer da Procuradoria de Justiça e em seguida para análise dos demais magistrados da 1ª Câmara, que podem manter Bonifácio preso ou determinar a soltura.

Os advogados do policial militar alegaram que ele está sofrendo constrangimento ilegal, que a prisão preventiva não tem fundamentação legal e que ele “não se evadiu do local dos fatos aduzindo que somente deslocou-se até sua residência, pois acreditava que não teria alvejado qualquer pessoa.

A defesa citou ainda a presunção de inocência e argumentou que Bonifácio tem “residência fixa, sustento lícito, pois é policial militar há vários anos, além de ser tecnicamente primário e possuir família constituída” e que o habeas corpus concedido ao outro acusado, Osni Ribeiro de Lima, poderia ser estendido ao militar.

O desembargador justifica a negativa da liminar. “ após analisar pormenorizadamente os argumentos expendidos pela defesa, bem como as cópias carreadas na impetração, não vislumbro a presença dos pressupostos necessários à concessão da tutela de urgência, eis que não transparece, ao menos sob a análise perfunctória deste momento, qualquer ilegalidade ou abuso de poder no ato atacado”.

Crime - Bonifácio, estava com o amigo Osni na casa de show quando ao sair se deparou com uma confusão no local. Segundo relatos de testemunhas à Polícia Civil, por volta das 4h da manhã, alcoolizado o policial começou a atirar nas pessoas, quando Ike, que não estava envolvido na confusão, foi perguntar por que ele estava atirando. Nesse momento Bonifácio atirou e atingiu a vítima na testa.

Após o crime, o amigo do policial deu fuga para ele em um veículo Peugeot. Ike chegou a ser socorrido, levado ao posto de saúde e devido aos ferimentos, foi encaminhado para a Santa Casa, onde morreu 2h depois de ser baleado. Ele trabalhava como técnico de enfermagem e tinha bancas no Camelódromo. Ike foi sepultado no dia em que faria 29 anos.

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