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Capital

OAB cria comissão especial para analisar casos de violência contra a mulher

Bruno Chaves e Graziela Rezende | 23/01/2014 13:01
Comissão foi empossada nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/OAB/MS)
Comissão foi empossada nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/OAB/MS)

Os últimos casos de violência contra a mulher, registrados em Campo Grande e no interior do Estado, fizeram com que a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul), criasse a Comissão Provisória de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher.

Só em 2014, mulheres como Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 19 anos, Laida Andréia Samulha Romualdo, 35, e Maria José de Pauli, 60 anos, perderam a vida ou foram violentamente agredidas pelos seus companheiros, a pedradas ou pauladas.

Para o presidente da Ordem, Júlio Cesar Souza Rodrigues, a situação chegou ao extremo e não se pode mais esperar um resposta do poder público. “Precisamos contribuir nas discussões e no incentivo de políticas públicas mais eficazes”, diz.

Os integrantes da comissão foram empossados hoje (23) na sede da Seccional. A presidente do grupo, Tatiana Ujacow, afirma que a atuação da comissão será voltada para a prevenção.

“Nosso trabalho também será de levar informação para as mulheres, com uma atuação preventiva, abordando as formas de violência e como buscar ajuda”, afirma.

Além de Tatiana, compõem a Comissão os advogados Júlio Cesar Marques, Rosangela Lieko, Sâmia Roges Jordi Barbiere, Ana Patrícia Nassar, Mara de Azambuja Salles e Neyla Nantes, conforme informou a assessoria.

Dados – Números de 2013 da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) revelam que 5.640 boletins de ocorrência foram registrados na Capital. Até o dia 15 de janeiro deste ano, foram 208 registros.

Segundo a advogada Ana Patrícia Nassar, que defende Giovanna Nantes Tresse no caso de violência doméstica ocorrido no dia 1º em Campo Grande, onde a jovem teve o rosto quebrado em quatro partes, a intenção da comissão é emitir um relatório do Estado e pedir providências.

O caso da Giovanna, por ter ganhado grande repercussão, será um dos primeiros a serem analisados. No entanto, casos como o de Maria Cícera Solidade, 24, que teve a mão decepada a golpes de facão pelo ex-marido em Sonora também serão avaliados.

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