Obra na Zahran confunde motoristas e aumenta o risco de acidentes
Falta de orientação, sinalização e prolongamento de percurso causam transtornos nesta tarde
Muitos motoristas estavam confusos e sem alternativa de trajeto durante trabalhos da operação tapa-buraco, nesta quinta-feira (9), na avenida Eduardo Elias Zahran, na altura da Vila Antônio Vendas.
Com parte da pista da Zahran interditada a partir do cruzamento com a Rua Professor Xandinho, os condutores tinham que fazer o desvio por essa via, dar a volta pela Cardoso de Almeida até chegar à Joaquim Murtinho e descê-la para retomar a rota pela Zahran. O problema é que, nesse trecho, a conversão à esquerda é proibida.
Pegos de surpresa com o desvio, muitos motoristas 'optaram' por cometer essa contravenção para voltar à Zahran mais rapidamente. No início da tarde, em alguns momentos, o movimento chegou a ficar caótico, como relataram alguns leitores do Campo Grande News.
Outra alternativa era virar à direita na Joaquim Murtinho e dar uma volta muito maior, quase 1 quilômetro até o retorno mais próximo. Alguns preferiram seguir até a Marquês de Lavradio, o que também esticou o percurso.
“Ficou bem complicado, porque se eu viro à esquerda na Joaquim Murtinho, posso até levar uma multa. O jeito é fazer o retorno lá adiante mesmo”, comentou um motorista que preferiu não se identificar.
Mais tarde, por volta das 16h30, dois agentes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estavam exatamente nesse trecho da Joaquim Murtinho orientando condutores e organizando o fluxo para que a conversão à esquerda fosse permitida naquele momento.
Perigo – O desvio pela rua professor Xandinho também trouxe outro transtorno a motoristas e, principalmente, moradores e comerciantes do entorno.
Como cada pista da avenida Zahran possui duas vias, o motorista que descia pela a da esquerda ficava encurralado para entrar na professor Xandinho, que é rua de mão dupla.
“O que está acontecendo é que quem vem pela esquerda invade na contramão. A toda hora o risco de acidente é muito grande. Até estacionei alguns carros na calçada embicados para a Zahran,para mostrar que pegar essa mão é perigoso”, comentou Domacir Sanches Ruano, 53, proprietário de uma tapeçaria para veículos, quase esquina com a Zahran.
“Não tem ninguém da Agetran aqui nessa esquina. Tá um perigo. O que deveria ser feito é colocar cone de sinalização na Zahran para alertar motoristas sobre o estreitamento da pista”, sugeriu.
Questionada sobre a situação, a Prefeitura de Campo Grande não deu retorno até o fechamento desta reportagem.
