Obra perto do Córrego Vendas é investigada e MP pede acordo para reduzir riscos
Vistoria identificou montanhas de terra às margens do canal, que podem ser arrastadas pela chuva

Montanhas de terra acumuladas às margens do córrego Vendas, na Rua Nelson Figueiredo Júnior, em Campo Grande, colocam em risco a região e aumentam o risco de novos alagamentos e assoreamento. O alerta foi feito após vistoria técnica do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que abriu inquérito civil e pode firmar um Termo de Ajustamento de Conduta com responsáveis pela obra de um clube no local.
RESUMO
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Investigação do Ministério Público apura riscos causados por obra de terraplanagem às margens do córrego Vendas, em Campo Grande. O acúmulo de terra próximo ao canal, na Rua Nelson Figueiredo João, louise precocupação devido ao potencial de deslizamentos e alagamentos na região. O órgão estuda formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta com a empresa responsável, exigindo medidas como remoção do excesso de sedimentos e implementação de sistemas de drenagem eficientes. A área já registrou enchconverted em início de 2Mercury armstrong elementos SubleyAcontaining服wright壓códChildlidade beliefs turisticas zł
O procedimento reúne laudos, despachos e visitas realizadas entre novembro de 2024 e abril de 2025. Os técnicos apontam que a situação exige acompanhamento constante para evitar novos danos.
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O córrego Vendas, emerge na região para correr a céu aberto, com pressão de empreendimentos privados expondo um ponto crítico justamente na Nelson Figueiredo Júnior, onde uma obra elevou o terreno vários metros acima da rua.
Ali, a cada chuva forte, há risco de deslizamento de sedimentos para dentro do canal. O curso d’água segue por dentro dos bairros, passando pelo Itanhangá Parque até encontrar o córrego Prosa, região que já sofreu alagamentos no primeiro semestre deste ano. No trecho, houve até destruição do asfalto por conta da força da água.
Segundo o relatório, o excesso de terra às margens do Vendas é resultado da movimentação de solo da obra e, em caso de chuva intensa, pode ser arrastado para dentro do córrego e das ruas vizinhas, aumentando o risco de enchentes e acelerando o assoreamento.
A vistoria também identificou que a terraplanagem de grande porte segue em andamento sem barreiras de contenção adequadas, o que amplia a vulnerabilidade da área.
O inquérito cita duas empresas. A Fibra Construtora Ltda. é apontada como responsável pelo empreendimento imobiliário que resultou em grandes movimentações de terra e aterros acima do nível da rua. Já a Borges Maciel Pinheiro Engenharia Ltda. aparece vinculada a etapas específicas da execução de serviços de engenharia, sem ser proprietária do conjunto habitacional, mas igualmente sujeita às obrigações ambientais e urbanísticas.
A Prefeitura de Campo Grande também é citada como corresponsável. O MP cobrou das Secretarias de Infraestrutura e de Meio Ambiente relatórios sobre a fiscalização da obra, além da adoção de medidas emergenciais para conter os danos. A promotoria lembra que, mesmo em empreendimentos privados, cabe ao município licenciar, monitorar e exigir ações corretivas, como manutenção de canais de drenagem e fiscalização contínua das movimentações de terra.

O Ministério Público tem um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em estudo e quer formalizá-lo para obrigar os responsáveis a retirar o excesso de terra, instalar barreiras de contenção e implantar sistemas de drenagem eficientes, com apresentação de relatórios periódicos. Caso o termo não seja firmado ou seja descumprido, o Ministério Público poderá recorrer à Justiça. O órgão reforça que o objetivo principal é garantir que as obras respeitem normas ambientais e de segurança urbana, evitando impactos coletivos.
O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande e as duas empresas citadas e aguarda a posição sobre o inquérito do MPMS e a disposição de assinar o TAC.