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Capital

Obra perto do Córrego Vendas é investigada e MP pede acordo para reduzir riscos

Vistoria identificou montanhas de terra às margens do canal, que podem ser arrastadas pela chuva

Por Ângela Kempfer | 02/09/2025 12:02
Obra perto do Córrego Vendas é investigada e MP pede acordo para reduzir riscos
Obra movimenta muita terra na região, o que pode causar danos ambientais (Foto: Henrique Kawaminami)

Montanhas de terra acumuladas às margens do córrego Vendas, na Rua Nelson Figueiredo Júnior, em Campo Grande, colocam em risco a região e aumentam o risco de novos alagamentos e assoreamento. O alerta foi feito após vistoria técnica do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que abriu inquérito civil e pode firmar um Termo de Ajustamento de Conduta com responsáveis pela obra de um clube no local.

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Investigação do Ministério Público apura riscos causados por obra de terraplanagem às margens do córrego Vendas, em Campo Grande. O acúmulo de terra próximo ao canal, na Rua Nelson Figueiredo João, louise precocupação devido ao potencial de deslizamentos e alagamentos na região. O órgão estuda formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta com a empresa responsável, exigindo medidas como remoção do excesso de sedimentos e implementação de sistemas de drenagem eficientes. A área já registrou enchconverted em início de 2Mercury armstrong elementos SubleyAcontaining服wright壓códChildlidade beliefs turisticas zł

O procedimento reúne laudos, despachos e visitas realizadas entre novembro de 2024 e abril de 2025. Os técnicos apontam que a situação exige acompanhamento constante para evitar novos danos.

O córrego Vendas, emerge na região para correr a céu aberto, com pressão de empreendimentos privados expondo um ponto crítico justamente na Nelson Figueiredo Júnior, onde uma obra elevou o terreno vários metros acima da rua.

Ali, a cada chuva forte, há risco de deslizamento de sedimentos para dentro do canal. O curso d’água segue por dentro dos bairros, passando pelo Itanhangá Parque até encontrar o córrego Prosa, região que já sofreu alagamentos no primeiro semestre deste ano. No trecho, houve até destruição do asfalto por conta da força da água.

Obra perto do Córrego Vendas é investigada e MP pede acordo para reduzir riscos
Ponto onde o córrego volta a ser visto a céu aberto (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo o relatório, o excesso de terra às margens do Vendas é resultado da movimentação de solo da obra e, em caso de chuva intensa, pode ser arrastado para dentro do córrego e das ruas vizinhas, aumentando o risco de enchentes e acelerando o assoreamento.

A vistoria também identificou que a terraplanagem de grande porte segue em andamento sem barreiras de contenção adequadas, o que amplia a vulnerabilidade da área.

O inquérito cita duas empresas. A Fibra Construtora Ltda. é apontada como responsável pelo empreendimento imobiliário que resultou em grandes movimentações de terra e aterros acima do nível da rua. Já a Borges Maciel Pinheiro Engenharia Ltda. aparece vinculada a etapas específicas da execução de serviços de engenharia, sem ser proprietária do conjunto habitacional, mas igualmente sujeita às obrigações ambientais e urbanísticas.

A Prefeitura de Campo Grande também é citada como corresponsável. O MP cobrou das Secretarias de Infraestrutura e de Meio Ambiente relatórios sobre a fiscalização da obra, além da adoção de medidas emergenciais para conter os danos. A promotoria lembra que, mesmo em empreendimentos privados, cabe ao município licenciar, monitorar e exigir ações corretivas, como manutenção de canais de drenagem e fiscalização contínua das movimentações de terra.

Obra perto do Córrego Vendas é investigada e MP pede acordo para reduzir riscos
Vistoria no local foi realizada em 2024 e verificou retirada de mata que pode prejudicar córrego (Foto: Reprodução MPMS)

O Ministério Público tem um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em estudo e quer formalizá-lo para obrigar os responsáveis a retirar o excesso de terra, instalar barreiras de contenção e implantar sistemas de drenagem eficientes, com apresentação de relatórios periódicos. Caso o termo não seja firmado ou seja descumprido, o Ministério Público poderá recorrer à Justiça. O órgão reforça que o objetivo principal é garantir que as obras respeitem normas ambientais e de segurança urbana, evitando impactos coletivos.

O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande e as duas empresas citadas e aguarda a posição sobre o inquérito do MPMS e a disposição de assinar o TAC.