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Capital

Oito são presos em casa conhecida por abrigar bandidos na região central

Paula Vitorino | 09/02/2012 13:39

Local é conhecido como "casa rosa". Moradora tem 86 anos, mas "inquilinos" é que tomam conta da residência

Diversos produtos foram apreendidos. (Foto: Marlon Ganassin)
Diversos produtos foram apreendidos. (Foto: Marlon Ganassin)
Oito pessoas foram presas durante a operação da Polícia Civil.
Oito pessoas foram presas durante a operação da Polícia Civil.

Cinco homens e três mulheres foram presos nesta manhã durante diligência da Polícia Civil na “casa rosa”, local conhecido por ser morada de bandidos na região central de Campo Grande. Uma senhora de 86 anos cuida da casa, que é vizinha do prédio da antiga rodoviária.

De acordo com o delegado Wellington de Oliveira, várias reclamações e denúncias sobre o local já tinham sido feitas para a Polícia. A casa foi monitorada e hoje os policiais prenderam em flagrante Felipe Soares, conhecido como “zóinho”, José Wilson da Silva, Rodrigo Rufino, Nivea Cristina Pereira, Aldinéia Silva, Janderson Cleiton Rocha, Andréa Arantes Graça, Éder Costa Bezerra e Luiz Carlos Felipe, o “alfredinho”.

Televisão, rádio, aspirador, DVDs e outros diversos objetos foram apreendidos no local. Segundo o delegado, as mercadorias são produto de furto ou receptação. Um “gato” de energia também foi encontrado na residência.

Os acusados serão ouvidos e podem ser enquadrados por furto, receptação e posse de substância entorpecente.

Dona Maria, de 86 anos, fica na varanda da casa.
Dona Maria, de 86 anos, fica na varanda da casa.
Casa rosa fica aos arredores da antiga rodoviária.
Casa rosa fica aos arredores da antiga rodoviária.

Abandono - Na casa rosa, o cenário de abandono é visível já do lado de fora. Com o muro e as paredes na cor rosa, fora algumas pichações e remendos, a primeira impressão é de que ninguém mora ali, mas de acordo com a Polícia Civil o movimento é sempre no local.

Logo na entrada, sentada em uma cadeira de balanço, Dona Maria,de 86 anos, parece aproveitar a brisa com toda tranqüilidade, sem lembrar ou ter noção de que a casa foi alvo de batida policial há algumas horas.

Sem cerimônias, ela convida para entrar, e avisa que não ouve muito bem. Um dos moradores da casa aparece, diz que não quer se identificar, mas conta que a “avó” mora na casa há cerca de 50 anos, mas que não é a proprietária.

Ele, um homem de cerca de 50 anos, diz morar no local há pelo menos 4 anos e que já andou quase todo o Brasil antes. A avó e o inquilino dizem saber da prisão que aconteceu no local, mas não sabem o porquê do flagrante.

“Mora muita gente aqui, chegam e ficam nos quartinhos, aí a gente não tem controle do que fazem. Você sabe como é, né?”, tenta explicar.

A avó diz que sua família são as pessoas que moram ali. O homem afirma que um dos filhos dela está preso e que o resto da família não aparece para visitar.

Sobre morar em um asilo, o homem logo descarta a possibilidade dizendo que “se ela fora para lá morre”.

A Polícia Civil informou que vai continuar monitorando a casa. O delegado explica que a proprietária não pode ser enquadrada como responsável pelos atos dos moradores, já que “não está em situação psicológica de responder por nada”.

Segundo informações da Polícia e dos moradores da casa, o prédio é de propriedade do pecuarista Antônio Moraes dos Santos. A reportagem não conseguiu contato com o pecuarista.

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