ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Pais se desdobram com greve parcial e lamentam danos ao ensino

Juliana Brum | 02/07/2015 16:48
50% da escola voltou ao normal e segundo profissionais do administrativo da escola a tendência é voltar 100% em breve ( Foto - Fernando Antunes)
50% da escola voltou ao normal e segundo profissionais do administrativo da escola a tendência é voltar 100% em breve ( Foto - Fernando Antunes)

A greve dos professores da rede municipal completa 39 dias nesta quinta-feira (2). No entanto, devido ao movimento ser parcial em 49 escolas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, pais são obrigados a se desdobrar para levar e trazer os filhos em vários horários. Além do transtorno, eles reclamam da perda da qualidade do ensino.

Na Escola Danda Nunes, no Bairro Vivenda do Bosque, a professora Regiane Araújo explicou o funcionamento parcial do estabelecimento. Enquanto a paralisação deixou sem aulas os estudantes do 6º ao 9º ano, as turmas do 1º ao 5º ano continuam frequentando às aulas normalmente.

Chegando na escola, Alberto Bonfim deixou apenas o neto, que estuda no 5º ano e levou de volta a neta que cursa o 6º ano e continua sem aula devido à greve.

"A minha preocupação maior é com as crianças perderem o ano devido a greve que é legitima, mas está prejudicando os alunos" desabafou o avô.

O cenário da Escola Elcípideo Reis, no Bairro Mata do Jacinto, mostra que a greve perdeu força. Cerca de 50% das aulas já foram retomadas. Segundo Ana Pinheiro que trabalha na parte administrativa da escola, muitos alunos especiais frequentam o local e fizeram os professores voltarem para a sala de aula.

No local, duas das três turmas da pré-escola retornaram às atividades. As cinco classes do 1º e do 3º ano matutino também retornaram. As aulas também são normais para uma sala do segundo ano da tarde e uma turma do sétimo ano da manhã.

Tânia Barbosa considera a greve letígima, mas está preocupado com a qualidade dos estudos do neto na reposição. Ela teme, ainda, que o ano letivo se estenda até 2016.

"Eu não sei como será esta reposição, porque vi no jornal agora da hora do almoço que em julho não poderá ser devido a lei e a reposta foi que ficaria para janeiro. Meu neto tem 7 anos e eu me preocupo com o quadro das aulas diante de tantos dias paralisados" emendou a avó.

No Bairro Estrela Dalva, a Escola Consulesa Margarida Maksoud Trad, os estudantes também devem seguir as orientações dos cartazes espalhados no pátio, que informavam quais turmas teriam aulas e quais os horários vagos por causa da paralisação.

Alunos e pais se baseiam por cartazes (Fotos - Fernando Antunes)
Alunos e pais se baseiam por cartazes (Fotos - Fernando Antunes)
Jailson respira e declara que a questão é complicada porque ambos perdem os professores e os alunos ( Foto - Fernando Antunes)
Jailson respira e declara que a questão é complicada porque ambos perdem os professores e os alunos ( Foto - Fernando Antunes)

Jailson Amaral, pai de Cíntia Raquel, 6 anos, disse que considera legítima a greve, mas a situação está muito complicada. Ele é obrigado a levar a filha para assistir apenas algumas aulas na semana. Tem dia que a aula começa às 15h e vai até às 17h. Os horários alternativos exigem malabarismo dos pais, que se esforçam para acompanhar as aulas.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura hoje são 43 escolas com aulas normais, 49 escolas com greve parcial e 2 apenas paralisada. Nesta quinta-feira, os professores em greve acamparam na Câmara Municipal.

Diretor comunica os pais com cartaz na porta da escola ( Foto - Fernando Antunes)
Diretor comunica os pais com cartaz na porta da escola ( Foto - Fernando Antunes)
Nos siga no Google Notícias