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Capital

Empresário fala em transferir shows da Expogrande para Cuiabá

Fabiano Arruda | 11/02/2011 14:17

Promotor de eventos teme prejuízo com investimentos para a grade de atrações musicais

Produtores de evento se reúnem para discutir sobre a Expogrande.
Produtores de evento se reúnem para discutir sobre a Expogrande.

O produtor de eventos Pedro Paulo, da JPL3 Produções, empresa responsável pela grade de shows da Expogrande, informou nesta sexta-feira que pode transferir as atrações musicais para Cuiabá (MT).

Os shows seriam realizados na mesma época da Expogrande, numa espécie de festival de música sertaneja na capital de Mato Grosso.

A hipótese foi apresentada em reunião da APEMS (Associação dos Produtores de Eventos de Mato Grosso do Sul), realizada hoje num restaurante de Campo Grande. Dez promotores de evento participaram do encontro.

Pedro Paulo diz que fala de uma realidade: hoje, os shows da Expogrande estão suspensos e, para não arcar com prejuízo em relação aos contratos dos artistas, pode transferir os shows para a capital mato-grossense.

Ele diz que, caso até quinta-feira da próxima semana não haja uma definição sobre a possibilidade de fazer os shows no Parque de Exposições Laucídio Coelho, terá de tomar alguma providência para não sofrer prejuízos.

“Espero que a Prefeitura e a Semadur ajudem a encontrar a solução. Isso não é em tom de ameaça, até porque transferir para outra cidade não é o ideal, mas não aguento com o prejuízo”, lamenta o produtor.

Só para a grande de shows da Expogrande, programada para ocorrer entre os dias 14 e 24 de abril, o empresário investiu R$ 500 mil, referente à metade do cachê dos artistas.

Pedro Paulo conta que trabalhou com um ano de antecedência para fechar a grade de shows. “Já perdemos a Copa, agora, sem a Expogrande, vamos ficar sem identidade”, considera.

O produtor de eventos informa que não seria possível transferir todos os shows, mas atrações como Bruno e Marrone, Restart e Zé Henrique e Gabriel, estariam entre os shows realizados em Cuiabá.

Na capital de Mato Grosso, o empresário releva que conta com a parceria e o interesse de produtores de eventos. “Quem perde com isso é a população de Campo Grande e nossos artistas regionais, que não poderiam ser transferidos para lá”.

Agora, a expectativa da associação é que o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), sancione a lei que considera a Expogrande como evento tradicional da cidade. Assim, a festa seria considerada exceção à Lei do Silencio.

Após isso, a Prefeitura teria que assinar uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com os promotores de evento para realizar os shows, segundo Pedro Paulo.

Mesmo dentro da lei, a Expogrande precisa ter licença ambiental e do alvará de funcionamento para a realização dos shows.

APEMS – A associação dos produtores de evento de Mato Grosso do Sul foi criada para ter força política e reivindicar questões relacionadas ao mercado de entretenimento.

O presidente da APEMS é Carlos Roledo e o vice é Gustavo Correa. A primeira secretaria ficou Gustavo Castelo, mais conhecido como Cegonha, e a primeira tesouraria foi assumida por Pedro Paulo. José Eduardo Cury é responsável pelo departamento jurídico.

Em comum, eles reclamam da falta de esclarecimentos sobre o que é permitido e proibido na realização de shows em Campo Grande.

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