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Capital

Para mãe, acusado de matar avó é 'menino bom e merece refazer a vida'

Mulher disse que mãe era 'pessoa difícil' e foi morta em 'momento de fúria' do filho; À polícia ele disse que matou avó para pagar dívida

Luana Rodrigues | 16/05/2017 18:52
Weikmam em 'selfie' postada no Facebook. (Reprodução/ Facebook)
Weikmam em 'selfie' postada no Facebook. (Reprodução/ Facebook)

A mãe de Weikmam Agnaldo de Mattos Andrade da Silva, 22 anos, que matou a avó, Madalena Mariano de Matos Silva, 59 anos, por asfixia e agressão, em maio do ano passado, quer perdão ao filho. Vanuza de Matos Andrade, 41 anos, que era filha da vítima, considera que o rapaz agiu num ‘momento de fúria’, isso porque a mãe dela era ‘uma pessoa muito difícil’.

“Morei com minha mãe até os 12 anos e falava com ela todos os dias. Ela era muito nervosa, de bater, machucar a gente. Não por culpa dela, mas, por causa da infância que ela teve, ela foi muito judiada. Mas, eu mesma já saí do sério com ela, tive meu momento de loucura com ela”, revela.

De acordo com a mãe, Weikmam morava com a avó desde os 14 anos, porém, os dois brigavam muito, porque Madalena não gostava que o neto ficasse na rua. “Ela reclamava muito quando eu ligava. Mas, ela sempre foi assim, comigo, com meu irmão. Meu irmão está desaparecido porque não aguentou ela e sumiu”, diz a mulher sobre a mãe.

Segundo Vanuza, o filho é um ‘bom menino’ e matou a avó num 'momento de fúria'. “Foi um momento de fúria sim, ele me contou, isso não vinha de agora, minha mãe era uma pessoa muito difícil. Ele estava desempregado, mas não pediu nada para ela, não foi por dinheiro. Ele sabia as senhas dela e o dinheiro ficou lá no banco. Foi em uma discussão, como eles sempre brigavam, mas, ele perdeu a cabeça, por isso, eu defendo meu filho”, diz a mulher.

Questionada sobre a hipótese de uma condenação ao filho - que matou a avó com requintes de crueldade - a mulher diz que espera que o rapaz seja absolvido e que possa reconstruir a vida como deseja. “Meu filho nunca foi usuário, nunca bebeu bebida alcoólica. Acho que ele deve ter a chance de refazer a vida. Eu tenho certeza que ele não é um menino que vai sair ai fora fazendo bobagem. O que ele fez foi num momento de fúria e isso acontece com nós todos”, acredita.

A mãe considera ainda que o filho tem que pagar pelo que fez, mas apenas perante Deus.” O meu perdão ele tem, eu sou mãe dele, eu amava a minha mãe demais, mas, ele merece refazer a vida dele, porque não tem índole de bandido. A justiça de Deus é em primeiro lugar e eu confio nela, mas meu filho eu não vou abandonar”, afirma.

O crime - Segundo a Polícia Civil, o jovem asfixiou Madalena e bateu a cabeça dela no chão até a morte. Em seguida, ele tentou limpar o local do crime e levou o corpo da vítima para uma estrada vicinal próxima do bairro. Estranhando o sumiço de Madalena, uma sobrinha foi até a delegacia no sábado (14) para registrar boletim de ocorrência por desaparecimento.

Os investigadores, então, foram até a casa e encontraram vestígios de sangue e outros sinais do crime. Ao fim dos trabalhos, Weikmam chegou na casa.

No começo ele negou, mas depois confessou o crime, alegando que, após a morte da avó, poderia vender os pertences da casa e pagar uma dívida de R$ 3,7 mil. O rapaz foi denunciado por latrocínio - roubo seguido de morte - além de ocultação de cadáver.

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