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Capital

Para se tornar digital influencer, jovem envia fotos nuas e é vítima de extorsão

Por mensagem, suposta agenciadora pediu R$ 3 mil para que a vítima não tivesse as imagens expostas

Geisy Garnes | 19/12/2019 16:32
O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Arquivo)
O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Arquivo)

Uma jovem de 21 anos procurou a polícia nesta quarta-feira (18) para denunciar uma suposta agenciadora de digitais influencers em Campo Grande. A vítima afirma que foi induzida a enviar fotos nuas e depois ameaçada de exposição na internet caso não pagasse R$ 3 mil.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher, que se identificou como Júlia Costa, se apresentou a vítima como agenciadora a procura de “digital Influencer” e pediu para que ela enviasse fotos de corpo inteiro e sem roupa. A jovem repassou as fotos íntimas e imediatamente começou a ser ameaçada.

Por mensagem, a suposta agenciadora pediu R$ 3 mil para que a vítima não tivesse as fotos expostas nas redes sociais. A autora ainda deu um prazo para que o deposito fosse feito. Diante das ameaças, a jovem decidiu procurar a 5ª Delegacia de Polícia Civil para registrar o caso.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, casos de extorsão com ameaças de expor fotos íntimas na internet são registrados diariamente nas delegacias da Capital. As vítimas, no entanto, raramente são mulheres.

“Situação com fotos é rotina, com autores daqui e do exterior. As pessoas começam relacionamentos pela internet, em especial os homens, são induzidos a ser expor e depois passam a ser extorquidos”, explicou o delegado Reginaldo Salomão, titular da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), unidade responsável pela investigação de crimes de extorsão.

Na maioria dos casos, conta o delegado, os alvos são procurados nas redes sociais por mulheres “exuberantes”. Elas puxam assunto, falam que eles são bonitos e sensíveis e logo pedem para que mandem “nudes”. “Quando ele manda, ela automaticamente salva fotos e vídeos, agrega tudo a um programa que acusa o homem de estuprador, pedófilo”, detalhou.

Para não divulgar as fotos, pedem dinheiro e até pagamento em biticoin ou em caixa postal, quando os autores são de fora do país. “Em regra concede prazo exíguo, uma hora no máximo”. Todos os casos são investigados pela especializada.

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