ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Perto do fim do prazo, Omep tenta anular acordo que prevê demissões

Ação na Justiça pede que o termo para extinguir contratos seja cancelado até estudo de viabilidade

Mayara Bueno | 24/07/2017 11:20
Sede da Omep no dia em houve operação do Gaeco, em 2016. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).
Sede da Omep no dia em houve operação do Gaeco, em 2016. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).

Às vésperas do fim do prazo para encerramento dos convênios, a Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) de Campo Grande entrou com recurso para tentar anular o acordo judicial, que determinou o fim dos convênios irregulares entre a entidade e a Prefeitura da Capital.

Depois de 20 anos de contratos, tidos como irregulares pelo Ministério Público Estadual, a Justiça homologou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), determinando o encerramento dos convênios e consequente demissões dos 4,3 mil funcionários até 28 de julho de 2017, próxima sexta-feira.

Mas, a entidade considera o acordo ilegal e pede à Justiça a invalidação dele até que seja feito estudo de impacto das demissões. O caso está nas mãos do Juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que deve decidir sobre o pedido nos próximos dias.

“Agora, prestes a terminar o prazo, já tendo a prefeitura municipal de Campo Grande apresentado cronograma de demissões, sem a proporcional contratação de postos de trabalho por concurso público, estão prevendo as partes a possibilidade de instalação de novo caos social”, argumentou a Omep.

De fato, a prefeitura não promoveu concurso público para substituir os terceirizados este ano, apenas convocou uma parte aprovada em certames anteriores. Mas, a maioria das substituições vem de processos de seleção.

Outra decisão do município é que ele vai contratar apenas 50% do número total dos terceirizados, pois, a prefeitura não tem condição de incorporar todos na folha de pagamento. Na situação dos convênios, os funcionários não eram ligados à folha.

A Omep pede a anulação do acordo até que seja feito um estudo de viabilidade técnica com “dados concretos” da demanda de funcionários e “seu crescimento no setor”. A entidade argumenta que durante os 20 anos de vigência dos convênios, o número de terceirizados aumentou tanto em virtude do crescimento proporcional de serviços.

Ilegalidades – Além do tempo de vigência dos contratos, o MPE tenta há cinco anos extingui-los usando duas justificativas. A primeira de que este tipo de convênio deve ser firmado de forma temporária, colocando de forma definitiva no poder público aprovados em certames.

Outra ilegalidade apontada é a existência de funcionários fantasmas e salários diferentes pagos para pessoas que exercem os mesmos cargos e funções. Além da Omep, a Seleta Sociedade Caritativa Humanitária também tem convênios com o Poder Público.

Somente em 2016, a Justiça ordenou a rescisão dos convênios, sem que a prefeitura tivesse cumprido de uma vez. Apenas algumas demissões foram feitas naquele ano. Novo acordo em 2017 deu novos prazos, o último deles encerrando na sexta-feira, 28.

Nos siga no Google Notícias