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Capital

Plano de segurança quer incentivar adoção de praça e doação de viatura

Proposta feita por Secretaria Municipal de Segurança quer implementar verba fixa para a Pasta no orçamento da Prefeitura e criação de conselho único para discutir assuntos na cidade

Rafael Ribeiro | 08/05/2017 09:16
Plano de segurança quer incentivar adoção de praça e doação de viatura
Praças, como a da Rua Euler de Azevedo, são as que estão na mira de parcerias para a Prefeitura (Foto: Alcides Neto)
Plano de segurança quer incentivar adoção de praça e doação de viatura
Azambuja: reuniões com a Associação Comercial da capital para apresentar plano (Foto: Rafael Ribeiro)

Trocar a zeladoria de espaços públicos, como parques e praças, por rondas da Guarda Civil Municipal e incentivar a doação de viaturas e outros equipamentos. Reforçar a aliança com a iniciativa privada é um dos objetivos do Plano Municipal de Segurança Pública, projeto que vem sendo capitaneado pela Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social e que tem como objetivo implantar em Campo Grande uma série de medidas que visam reduzir os índices criminais.

O plano visa a adoção de uma série de medidas pelos próximos quatro anos. A criação de um fundo fixo para a Pasta dentro do orçamento, garantindo aumentos salariais e compra de equipamentos aos guardas, e a criação de um conselho municipal para discussão de ações e medidas nas áreas com maior incidência criminosa são alguns dos itens discutidos.

Mas, para o secretário Valério Azambuja, o principal ponto do planejamento é a integração com a iniciativa privada. Reuniões serão marcadas com a Associação Comercial da Capital para mostrar a importância de uma atuação conjunta, que vai desde a doações de câmeras e instrumentos de segurança até a questão dos comerciantes assumirem ações de zeladoria, como conserto da iluminação e limpeza.


“A gente quer chamar a sociedade civil para ajudar, a iniciativa privada a adotar espaços da cidade, manter o espaço público”, disse Azambuja, que define como uma “cultura a ser amadurecida” a adoção dos programas de caráter público pelas empresas.

Início – Primeiros testes do programa foram feitos na região da Rodoviária Antiga e Orla Morena. Depois de ações conjuntas entre as polícias Militar e Civil, GCM e secretarias municipais na área, com prisões de traficantes, propostas serão feitas aos comerciantes da região, como o de autorizar a integração das câmeras de segurança existentes atualmente a uma rede única municipal.

Plano de segurança quer incentivar adoção de praça e doação de viatura
Em operações conjuntas neste ano, GCM e PM prenderam traficantes na Orla Morena: pontapé inicial (Foto: Arquivo)

“Todo mundo ganha. A Prefeitura não precisa comprar mais câmeras novas e as rondas e prevenções se tornam constantes. Nós e as polícias não precisaremos mais esperar que o evento aconteça. Ela já estará ciente do que acontece e já faz a intervenção necessária”, completou o secretário.

Azambuja quer ir além. Diz que o plano municipal abrirá as possibilidades de incentivos privados na segurança pública. Diz que doações de bens, como viatura, serão bem vindas. “Queremos uma cidade segura e boa para se morar. E isso parte do empresariado investir no poder público”, disse.

“Não é algo inédito, estudamos modelos adotados em outras regiões, como Campinas e Diadema, em São Paulo, Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná, e Natal, no Rio Grande do Norte”, destacou.

Parcerias – O programa de ‘adoção’ de espaços públicos não é novo em Campo Grande. Coordenado pelo Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), o sistema existe há 23 anos. Atualmente são 91 áreas públicas cuja manutenção é de responsabilidade privada.

"Ninguém perde nada com essa integração entre público e privado. O atendimento do crime passa a ser dinâmico e o comerciante ganha uma ronda mais eficaz. A Prefeitura se compromete de que a finalidade das doações será para a demanda solicitada”, disse.

Conquistar a confiança do empresariado local, por exemplo, é o motivo pelo qual o programa vai começar pela região central. “Cerca de 300 mil pessoas circulam pelo Centro diariamente. É um terço da população de Campo Grande. Eu preciso atuar onde há a maior concentração de pessoas, a economia gira para só depois ir aos bairros”, definiu Azambuja.

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