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Capital

PM membro de quadrilha de policiais é condenado a 10 anos por extorsões

Angela Kempfer | 21/01/2011 15:45

Vitor Chimenez foi o primeiro a ser julgado


O policial militar Vitor Vilmo Chimenez foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado por participar de quadrilha composta por policiais. Ele foi o primeiro a ser julgado pelos crimes de concussão (extorsão por agente público) e peculato. O julgamento ocorreu ontem, na Auditoria Militar.

O bando era chefiado por um investigador da polícia civil de Campo Grande, para extorsão e desvio de cargas apreendidas em Mato Grosso do Sul.

A primeira prisão de Vitor Chimenez ocorreu em março de 2009. Ele ficou preso por 15 dias, conseguiu habeas corpus, e voltou a ser preso em maio pela operação Ali Babá, que desmantelou o esquema.

Da primeira vez, Chimenez foi flagrado com um veículo Fiesta.

O proprietário do carro alegou, em depoimento no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros), que foi extorquido, porque o veículo estava irregular.

Em maio, junto com ele foram presos o investigador de polícia da 3ª DP, Delson Silva Silveira, e os policiais civis Felipe Moreira Barreto e Juarez Pereira da Silva, que já estava preso antes da operação.

De maneira geral, os policiais eram informados sobre tráfico e carregamentos de drogas e ao recolheram o entorpecente, não registravam a ocorrência, deixando os bandidos livres e desviavam a droga.

Em outra situação, a quadrilha apurava casos de veículos roubados e, se os encontrassem, não devolviam aos donos, vendendo para terceiros.

A Operação Ali Babá teve início com a prisão do investigador do 5° DP Cleber Sebastião da Silva Magalhães em abril de 2009. Cléber foi preso na BR-262, quando transportava 14 quilos de cocaína em um Renault Logan, que tinha placas clonadas de um carro pertencente à Sejusp (Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública).

Depois da prisão de Cléber, a Corregedoria da Polícia Civil passou a desconfiar do esquema envolvendo policiais.

A quadrilha acabou presa no ano passado, durante operação Ali Babá, deflagrada pelo GAECO, Corregedoria-Geral da Polícia Civil, a PM2 (Serviço de Inteligência da Polícia Militar) e a 24ª Promotoria de Justiça.

No dia 24 de janeiro, próxima segunda-feira, às 13h30, haverá audiência de instrução e julgamento, para interrogatórios dos denunciados e a oitiva das testemunhas de acusação e defesa dos demais denunciados pela 4ª Vara Criminal em Campo Grande.

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