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Capital

Polícia apresenta arma usada por menor integrante de “facção mirim”

Paula Maciulevicius | 25/03/2011 17:11

Adolescente “carrega” três tentativas de homicídio e cinco vítimas em ficha criminal

Uma Schmidt calibre 38 foi a arma usada pelo menor de 17 anos, para matar Cléber de Oliveira Tales, 26 anos, no último dia 13 de março, na saída do Clube Ypê. Apresentada nesta tarde, ela foi apreendida ontem, na casa de um outro adolescente, de 16 anos, na Vila Margarida, em Campo Grande.

O adolescente é concunhado de Flávio Pereira Ortega, 19 anos, dono da arma e preso recentemente, acusado de dar fuga ao garoto que matou Cléber. Flávio teria pilotado a moto que trouxe o menor do clube em que aconteceu o crime para casa.

Segundo o menor, ele dormiu na casa de Flávio na noite da morte, mas garante que foi outra pessoa que o levou até lá. De acordo com a Polícia, não existe esse outro indivíduo.

O adolescente, concunhado de Flávio, que guardava a arma em casa, disse não ter conhecimento do assassinato. Ele alega que estava apenas guardando a arma, porque uma pessoa teria deixado em sua casa.

Integrante do PCP (Partido da Comunidade do Panamá), o menor de 17 anos está apreendido da Unei Dom Bosco e confessou ter praticado três homicídios, além de cinco tentativas.

A Polícia também aponta envolvimento do garoto no tiroteio que terminou com a morte de Vanessa Leite Arqueley, 14 anos. A menina estava em uma pizzaria na Vila Santa Carmélia, em Campo Grande, quando integrantes de gangues trocaram tiros e ela acabou atingida por uma bala perdida.

Com o crime recente, a 1ª Delegacia de Polícia Civil e investigadores da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) saíram em diligências e localizaram uma outra vítima do menor, que não havia registrado boletim de ocorrência. Cristiano Bogado Lopes levou cinco tiros, disparados pelo garoto. Um acertou no peito e outro no abdômen, no dia 23 de dezembro do ano passado.

Depois dos tiros, Cristiano foi sozinho, de moto até a Santa Casa. Ao chegar, o hospital acionou a polícia militar que constatou um mandado de prisão em aberto.

Cristiano disse ao Campo Grande News , que o motivo dos disparos seria uma dívida. Ele emprestou dinheiro ao parceiro do menor, e ele ainda devia R$ 200,00 a Cristiano. A vítima afirma que o adolescente prefiriu disparar do que pagar o que devia.

No dia da tentativa de homicídio, o jovem estava em um bar jogando sinuca no bairro Santo Amaro, quando o parceiro do menor, também adolescente, ligou pedindo para que Cristiano o encontrasse na praça Paraguai. Ele foi até lá, acreditando que o contato fosse para o pagamento da dívida. Logo que Cristiano chegou ao local, o menor disparou os tiros.

A vítima é casado, tem quatro filhos e alega que está “tranqüilo” desde 2004. Ele ainda fala que não pretende se vingar do menor e do parceiro, mas afirma dizer que tem medo, por legítima defesa. “Se eu falar que estou com medo, é só para legítima defesa”, declara.

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