ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Polícia diz que baterista matou Mayara, queimou corpo e tentou culpar outros 2

Laudos não comprovaram se houve estupro, segundo o relatório do inquérito enviado ao MPE

Anahi Zurutuza | 07/08/2017 15:01
Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, logo depois que foi preso (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, logo depois que foi preso (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Luís Alberto Bastos Barros, 29 anos, matou e tentou se livrar do corpo de Mayara Amaral, 27 anos, sozinho. Esta foi a conclusão da Polícia Civil, que entregou o relatório do inquérito na manhã desta segunda-feira (7) ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O baterista foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

Embora no primeiro depoimento à polícia Luís Alberto tenha dito que Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, foi quem teve a ideia de matar Mayara e também de atear fogo ao corpo dela, a polícia concluiu que o suposto comparsa, na verdade, vendeu drogas para o assassino confesso no dia anterior e depois do crime. O homem, conhecido como “Cachorrão”, foi indiciado por tráfico.

Já Anderson Sanches Pereira, 31, foi indiciado por receptação, uma vez que, conforme apurou a polícia, comprou o carro da vítima, depois do assassinato. 

Para chegar à conclusão, a polícia tomou como base as imagens das câmeras de segurança do motel, onde o homicídio aconteceu na noite do dia 25 de julho, e de outros locais onde o músico esteve. As rotas traçadas pelo serviço geolocalização do celular de Mayara também foram determinantes.

Latrocínio - Apesar do clamor popular para que Luis Alberto fosse enquadrado por feminicídio, a polícia manteve a tese de que o baterista matou para roubar e inclusive destacou que os bens de Mayara que estavam com o assassino confesso estão avaliados em R$ 17,3 mil - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o VW Gol, modelo 1992. 

Além disso, o exame feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) não comprovou estupro.

Versões - O assassino confesso mudou mais de uma vez a versão dele sobre o crime.

Depois de ficar em silêncio quando foi convocado para depor pela delegada Gabriela Stainle na quarta-feira (2), ele falou à revista Veja no dia seguinte, admitindo que tinha feito tudo sozinho, num rompante de raiva após uma discussão com a vítima e depois de beber e usar cocaína.

Matéria alterada às 15h17 para acréscimo de informações. 

Nos siga no Google Notícias

Veja Também