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Capital

Polícia leva 12 para delegacia e apreende 868 kg de fios de cobre furtados

Força-tarefa policial vistoriou 57 locais contra receptadores de fios em Campo Grande

Dayene Paz e Bruna Marques | 05/05/2022 12:58
uPolícia durante vistorias em comerciais de compra e venda de recicláveis. (Foto: Divulgação)
Polícia durante vistorias em comerciais de compra e venda de recicláveis. (Foto: Divulgação)

A Operação Vastum - força-tarefa da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul contra furto de fios de cobre em Campo Grande - levou 12 pessoas para as delegacias e apreendeu 868 quilos de fios furtados somente na manhã desta quinta-feira (5). Foram 57 locais vistoriados, sendo comerciais de compra e venda de recicláveis.

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O diretor do DPC (Departamento de Polícia da Capital), delegado Wellington de Oliveira, afirmou que a operação foi desencadeada após aumento dos delitos na Capital que geram danos coletivos. "Quando tem furto de fios de cobre, ele é muito mais sério, ter retirado dez metros de um semáforo, por exemplo, ou a pessoa ficar sem energia, estamos falando de danos coletivos", afirma.

O foco da ação de hoje são os receptadores. "A gente quer demonstrar para a população que não se deve comprar produtos de origem ilícita, ou seja, o comerciante que acaba comprando fios sem origem pode sim ser preso em flagrante delito como aconteceu nessa operação", afirmou o diretor. É importante ressaltar que aquele que recepta está em situação permanente de flagrante.

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A ação identifica os locais que compram esse tipo de material e os monitora para que não haja reincidência. "Uma vez retirado o material e identificados esses compradores de fios, a gente passa a monitorar o comércio para que não tenha reincidência", pondera Wellington.

Alto valor no mercado atrai - O diretor da DPE (Departamento de Polícia Especializada), Edilson dos Santos, também ressaltou que o valor alto do cobre tem "atraído" as pessoas mais vulneráveis para o cometimento do furto.

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"Vale de 35 a 41 reais o quilo. É muito alto para a pessoa que está na rua, pois se pega já está com 100 reais no bolso. O valor elevado é que aumenta substancialmente esses furtos de fios de cobre, em área pública e privada, porque o pessoal também aproveita casas que estão para alugar ou obras em andamento."

Para o coronel André Henrique de Deus Macedo, do Comando de Policiamento Metropolitano, é necessário entender a dinâmica do crime para chegar ao grande comprador. "Inicia de uma forma muito simples, geralmente pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas e muitos deles usuários de drogas, mas também tem toda uma cadeia complexa, onde entra os primeiros receptadores e os empresários finais", explica.

O crime, segundo o coronel, acontece dentro de um triângulo. "Da vontade, oportunidade e da certeza da impunidade. A vontade a gente pouco pode trabalhar, mas da oportunidade, melhorando a nossa prevenção assim como cidadão buscando melhores condições de prevenção primária, também trabalharmos a certeza da impunidade, mostrando que conseguimos prender essas pessoas e levá-las a julgamento, que realmente entenda que a conduta criminosa não vale a pena".

Operação Vastum levou 12 para a delegacia - Nesta quinta-feira, policiais civis e militares foram a 57 locais, sendo 12 pessoas levadas para a delegacia. Elas assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e foram liberadas. Os policiais também apreenderam 868 quilos de fios furtados e prenderam duas pessoas em flagrante.

Como a polícia sabe que é furtado? - Segundo a Polícia Civil, no caso da concessionária ou empresa vender esse tipo de material, aquele empresário que comprou precisa de um documento que comprove. "Fios de alta tensão se não foi a concessionária que vendeu para aquele local, ele é furtado", afirmou Wellington. No caso de derretido, há a necessidade de investigação, pois se torna mais difícil saber quem é o autor.

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