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Capital

Polícia prende dois por contrabando de 19 mil maços de cigarros em veículo

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 24/01/2012 17:24

O que chamou a atenção foi que um dos contrabandistas é de Brasília e iria abastecer o “mercado” de Campo Grande

“As pessoas falam que vão perder o sustento. Mas o que a sociedade precisa entender é a concorrência desleal com outra pessoa que vende cigarro brasileiro”, explica o delegado. (Foto: Marlon Ganassin)
“As pessoas falam que vão perder o sustento. Mas o que a sociedade precisa entender é a concorrência desleal com outra pessoa que vende cigarro brasileiro”, explica o delegado. (Foto: Marlon Ganassin)

A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) prendeu dois homens por contrabando de cigarros e ainda um deles por descaminho de eletrônicos, na estrada vicinal que liga Sidrolândia a Campo Grande. As duas prisões aconteceram no intervalo de 30 minutos, na tarde desta segunda-feira e totalizaram R$ 31 mil.

O que chamou a atenção da Polícia foi o primeiro condutor flagrado, Wilton Paulo Pereira, 37 anos, por morar em Brasília, no Distrito Federal e vir comercializar os cigarros em Campo Grande. No carro em que ele dirigia, um Pálio vinho, foram encontrados 9,5 mil maços de cigarros.

Por coincidência, a segunda apreensão, também foi na quantia de 9,5 mil maços, em um Gol preto com placas de Capital mesmo, dirigido por Nilson Ribeiro Jaques, 42 anos. Além do contrabando dos maços, Nilson transportava também dois aparelhos eletrônicos, três vídeo games e quase uma centena de sacos contendo cerca de quatro meias em cada.

Para a Polícia, Nilson alegou que o os cigarros que transportava abasteceria o comércio local.

Segundo o delegado da Decon, Adriano Garcia, os dois não se conheciam e nem havia um combinado entre eles. A Polícia chegou a dupla através de denúncias. Tanto Wilton como Nilson confessaram que adquiriram toda a mercadoria em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

“Com essa apreensão a delegacia quer mostrar que não vale a pena a comercialização desses produtos”, ressalta Adriano Garcia. Ainda de acordo com a Polícia, 70% da produção de cigarro paraguaia é destinada ao comércio brasileiro. “O cigarro já é nocivo, o paraguaio então, é extremamente”, acrescenta.

Presos deixaram Decon nesta tarde e foram encaminhados para a Derf. (Foto: Marlon Ganassin)
Presos deixaram Decon nesta tarde e foram encaminhados para a Derf. (Foto: Marlon Ganassin)

Além de provocar concorrência desleal no mercado, o delegado destaca que o produto não passa pela inspeção sanitária, muito menos recebe aprovação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

Após fechar o ano de 2011 com 183 mil maços de cigarros apreendidos correspondente ao valor de R$ 200 mil, a Decon iniciou uma campanha. “Vamos até os comércios e colocamos cartazes dizendo que contrabando é crime e o número da denúncia”, explica.

Os dois tinham passagem pelo mesmo crime e foram presos em flagrante por crime contra relações de consumo, com pena prevista de dois a cinco anos de detenção, sem fiança. Nilson também vai responder por descaminho de eletrônicos. A dupla deixou a Decon há pouco e foi encaminhada para uma cela na Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).

Os produtos apreendidos serão encaminhados à Receita Federal. Os veículos que transportavam os cigarros e eletrônicos também podem ser apreendidos e estão sujeitos à multa da Receita Federal.

O que o delegado destaca é a justificativa que os contrabandistas dão à Polícia. “As pessoas falam assim que estão trabalhando, que vão perder o sustento. Mas o que a sociedade precisa entender é a concorrência desleal com outra pessoa que vende cigarro brasileiro”, explica.

Assim como o caso dos dois, a Polícia abre a delegacia para denúncias pelo telefone 3316-9805 ou ainda pelo site da Polícia Civil .

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