Polícia realiza “Operação Bataclan” na Capital contra prostituição infantil
Com o objetivo de combater a prostituição de adolescentes nas “casas de tolerância” da Capital, a Polícia Civil, sob a coordenação da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), desencadeou a “Operação Bataclan”, na noite da última sexta-feira, 19, e madrugada de sábado, 20. Apenas uma adolescente foi encontrada, uma motocicleta apreendida e duas pessoas presas por porte de entorpecente.
Conforme o delegado titular da Deops, Maercio Alves Barbosa, a operação envolveu a participação direta de quatro delegados, 34 policias civis e10 viaturas na operação, que recebeu o nome em alusão ao bordel do romance Gabriela, cravo e canela, Jorge Amado, de nome Bataclan.
- Leia Também
- Polícia investiga 45 farmácias e duas distribuidoras por roubo de remédios
- Polícia irá ouvir testemunhas para saber se suspeito morto pela PM estava armado
Era no Bataclan que os coronéis do cacau iam em busca de diversão quando vinham das fazendas para acertar negócios e vender cacau. Porém, durante a operação nenhum coronel foi encontrado incentivando a prostituição. Apenas uma adolescente de 16 anos foi encontrada dormindo no piso superior do Bar Boate Terra do Nunca, no Bairro Aero Rancho.
Segundo Maércio Barbosa, o dono do local alegou que a menina era funcionária da família, babá de suas crianças. Porém, o proprietário do estabelecimento foi conduzido a Depac Piratininga e a adolescente foi entregue ao Conselho Tutelar e o fato será investigado pela DEPCA ( Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Caso seja comprovado o envolvimento da adolescente em atos de prostituição na boate, o dono pode ser indiciado por crime de favorecimento à prostituição de menor e o local será interditado.
Também participou da operação os delegados e policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos), DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), Polinter, DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente). Ao todo foram visitados 24 estabelecimentos comerciais classificados como bares, boates, casas de massagem, saunas e similares.
Conforme o delegado da Deops, além da verificação das normas de proteção à criança e ao adolescente, também foram analisados o funcionamento quanto ao Alvará Policial de Funcionamento e Controle, bem como coibir praticas lesivas aos bons costumes, ordem pública, liberdade sexual e infrações penais em geral.