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Capital

Policial militar suspeito de facilitar fuga de presidiário está preso

O crime aconteceu na madrugada de sábado (19), depois que seis internos romperam as grades das celas

Geisy Garnes | 22/05/2018 13:15
Tiago Vinícius Vieira, em foto divulgada pela PF. (Foto: Divulgação)
Tiago Vinícius Vieira, em foto divulgada pela PF. (Foto: Divulgação)

Um policial militar suspeito de facilitar a fuga de Tiago Vinícius Vieira, de 32 anos, do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” - a Máxima de Campo Grande - foi preso pela corregedoria e enviado ao Presídio Militar de Campo Grande.

A fuga aconteceu na madrugada de sábado (19), depois que Tiago e outros cinco internos romperam as grades das celas usando uma serra e escalaram um dos muro da unidade prisional, usando escada improvisada e corda com um gancho de ferro. No entanto, a ação foi flagrada pelos policiais do Batalhão de Guarda e Escolta, e apenas Vieira conseguiu escapar.

Na ação, as equipes descobriram que o militar - que não teve o nome divulgado - teria facilitado a tentativa de fuga dos presos. Ele foi detido, levado até a Corregedoria da Polícia Militar e de lá transferido ao Presídio Militar, onde permanece preso.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, ainda é investigada qual a participação do policial no crime e se ele agiu por corrupção - recebendo dinheiro para auxiliar os presos - ameaça ou formação de quadrilha. Em nota, a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) garantiu que um procedimento administrativo apura a conduta e permanência ou não do suspeito na corporação.

O policial militar investigado começou a trabalhar na PMMS em setembro de 2015 e foi transferido para o Batalhão de Guarda e Escolta em janeiro deste ano. 

Arma apreendida durante a operação da Polícia Federal (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Arma apreendida durante a operação da Polícia Federal (Foto: divulgação/Polícia Federal)

Passagens e fugas

Dono de um extensa ficha criminal na justiça, Tiago é apontado como chefe de uma quadrilha especializada em grandes assaltos, investigada pela PF (Polícia Federal). Em maio de 2010, ele foi preso depois de participar de um assalto ao shopping Norte Sul Plaza, em que foram roubados R$ 3,8 mil em dinheiro, além de diversas peças de joias. Alguns dos envolvidos acabaram presos horas após o crime.

Na época, o grupo, já havia até montado um "QG" no bairro jardim Colibri, para centralizar os planos do grupo. A primeira ação seria contra o carro forte que abastecia a agência bancária da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), mas os riscos fizeram a quadrilha mudar o plano para o shopping.

Ele previam também assaltar a tesouraria do Fort Atacadista, que ocupava a maior parte do prédio do shopping. Mas, a quadrilha só acabou levando R$ 2,2 mil de um supermercado e R$ 1,6 mil do cofre da agência do Bradesco, além da joalheria Mandalla, onde os ladrões recolheram as peças que estavam em exposição.

Na época, Tiago estava solto havia quatro meses, depois de cumprir pena no Paraná por assassinato e roubo e acabou voltando para a prisão. Em junho do ano passado quatro pessoas foram presas durante a Operação Cérberus por planejar a fuga do suspeito Máxima.

Em poder dos criminosos, foram apreendidos quatro veículos, seis pistolas, cinco coletes balísticos e R$ 8 mil, que possivelmente seriam usados na ação. Na cela onde Tiago estava preso, ainda foram encontrados três celulares.

As investigações começaram em março, quando Tiago planejou tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com uso de uma pistola calibre .380. Após esta primeira tentativa, o presidiário foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima da Capital, onde passou a contar com o apoio da namorada e outros três comparsas.

A operação também resultou na prisão do empresário Breno Fernando Solon Borges, de 37 anos, filho da presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges.

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