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Capital

Prefeito autoriza implantação do projeto Família Acolhedora

Ricardo Campos Jr. | 11/05/2015 20:25
Reunião nesta segunda debateu Família Acolhedora em Campo Grande (Foto: divulgação / TJMS)
Reunião nesta segunda debateu Família Acolhedora em Campo Grande (Foto: divulgação / TJMS)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), autorizou a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) a iniciar os procedimentos para implantação do projeto Família Acolhedora, que paga um salário mínimo para voluntários cuidarem de crianças abrigadas. Uma reunião foi realizada nesta segunda-feira (11) para tratar do assunto.

Participaram o desembargador Eduardo Machado Rocha, responsável pela CIJ (Coordenadoria da Infância e Juventude) do estado; a juíza Katy Braun do Prado, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campo Grande; as técnicas Célia Ruriko Wolfring, Rosa Pires Aquino e Doêmia Ceni Gomez, da equipe da CIJ

Ficou definido que o município já pode publicar edital de processo seletivo destinado a contratar profissionais para o treinamento de quem participar do programa. Sem repasse do Governo Federal para essa finalidade, a Capital arcará com os custos.

Em audiência pública realizada na Câmara Municipal no dia 28 de abril, o interino da SAS, Sérgio Adilson Decicco, disse que a implementação estava prevista para o segundo semestre do ano. Estima-se que o projeto custe R$ 80 mil mensais.

Regras - A juíza da Vara da Infância e Juventude de Campo Grande, Katy Braun, explicou que será aberto edital para que as famílias interessadas em participar do programa se inscrevam. Inicialmente somente dez serão contempladas.

“Queremos começar com poucas famílias para fazer tudo com tranqüilidade e que esse treinamento seja de modelo para os demais”, explica. Ficará a cargo do município providenciar o treinamento e capacitação.

O Judiciário selecionará as crianças que serão atendidas. Podem ficar aos cuidados das famílias acolhedoras meninos e meninas de qualquer idade, mas as primeiras devem ter entre 0 a 3 anos. Hoje, segundo Katy, existem cerca de 200 crianças em abrigos, pelo menos 30 estão dentro dessa faixa etária. “A questão agora é encontrar uma verba para o sustento desse projeto”, diz.

Ana Paula Queiroz, representante do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, explica que os voluntários não poderão adotar as crianças que estiverem cuidando, sendo obrigadas a entregá-las caso apareçam pais adotivos ou parentes interessados em ficar com elas.

“Em vez de uma criança estar em um abrigo institucional, elas estariam com famílias voluntárias. Elas ficam nessa família até retornarem para os lares, no caro de integração familiar, ou até serem adotadas. São crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados e estão afastadas de suas famílias”, conclui.

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