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Capital

Prefeito diz que não tem dinheiro e tenta adiar pagamento de rescisões

Sindicato ajuizou ação na Justiça do Trabalho em nome de 2.500 demitidos

Aline dos Santos e Mayara Bueno | 08/08/2017 10:47
"Somando tudo, a prefeitura não tem esse dinheiro no caixa para pagar", diz Marquinhos.  (Foto: Marcos Ermínio)
"Somando tudo, a prefeitura não tem esse dinheiro no caixa para pagar", diz Marquinhos. (Foto: Marcos Ermínio)

A prefeitura de Campo Grande vai tentar adiar o pagamento da rescisão dos demitidos da Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária).

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirma que vai na tarde desta terça-feira (dia 8)
à Justiça do Trabalho. A proposta é pagar primeiro os salários e, posteriormente, as rescisões. Ele explica que um trabalhador com salário de R$ 1 mil “custa” R$ 11 mil com pagamento das rescisões trabalhistas.

“Somando tudo, a prefeitura não tem esse dinheiro no caixa para pagar, vamos pedir para repartir a folha”, afirma o prefeito. Segundo ele, são 4.300 rescisões, com custo de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões. “Metade foi pago”, diz Marquinhos.

De acordo com o prefeito, a situação pode atrapalhar a folha de pagamento dos servidores municipais.

Na segunda-feira (dia 7), o Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, Orientação e Formação Profissional) ajuizou ação coletiva representando 2.500 trabalhadores demitidos que não receberam os acertos trabalhistas. O processo é contra a prefeitura, Omep e Seleta.

O sindicato pede urgência para liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e habilitação no Seguro Desemprego, além do pagamento das verbas rescisórias e multas. Conforme o departamento jurídico do Senalba, a ação foi distribuída com pedido de liminar e a expectativa é de decisão nesta semana.

Ontem, dezenas de funcionárias demitidas protestaram em frente à prefeitura, cobrando o pagamento dos direitos trabalhistas e salários atrasados.

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