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Capital

Prefeitura designa servidores para acompanhar denúncia sobre “fantasmas”

Michel Faustino | 21/03/2016 13:32

A Prefeitura de Campo Grande criou uma comissão formada por seis servidores municipais para acompanhar denúncia do MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) quanto a existência de “servidores fantastas” com cargos na gestão do então prefeito Gilmar Olarte. A publicação foi feita no Diogrande (Diário Oficial do Município) desta segunda-feira (21), que faz menção, inclusive, a matéria do Campo Grande News, publicada no dia 21 de abril do ano passado, onde detalhes da denúncia são revelados.

Na época, os promotores Bianka Mendes e Thalys Franklyn de Souza pediram a condenação de oito pessoas pelo crime de improbidade administrativa, além do bloqueio dos bens para garantir o ressarcimento de R$ 148,8 mil aos cofres públicos e cobram o pagamento de indenização por danos morais, equivalente a 500 salários mínimos, que somaria R$ 362 mil em valores atuais.

De acordo com a denúncia, Felipe Félix de Carvalho, 20 anos, Ana Maria Ferreira Feliciano, 40, e a manicure Fabiana Garcia de Souza, foram nomeados na Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais). Ana Maria e Felipe foram nomeados, respectivamente, com salário de R$ 5,3 mil, na categoria de assessor especial com DCA-3. Já Fabiana recebeu R$ 3,1 mil de março a outubro e depois passou a ganhar R$ 2,5 mil.

Felipe foi nomeado a pedido da mãe, , Elizabeth Félix da Silva Carvalho, que ocupava cargo de presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Ela pediu a nomeação para o chefe do Executivo, já que pregava, eventualmente na sua igreja, a ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança), no Bairro Coophamat.

O jovem foi flagrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), inclusive, frequentando a acadêmia, entre outras atividades de interesse pessoal, durante o horário de expediente.


O MPE também denunciou o chefe dos três na Segov, Josias de Souza, conhecido como Pastor Josias, da Assembleia de Deus Nova Aliança. Ele teria sido conivente com os fantasmas no gabinete da prefeitura.

Também foram denunciados o então secretário municipal de Infraestrutura, Valtemir Alves de Brito, o Caco, que era secretário de Administração na época dos fatos, e o então prefeito da Capital, Gilmar Olarte . No processo, há gravações do prefeito autorizando as contratações e com datas retroativas.

Conforme a publicação, a comissão deve realizar os levantamentos durante o período de 17 de março a 17 de abril, além de acompanhar as investigações do Ministério Público.

O Campo Grande News tentou contato por telefone com o secretário municipal de Saúde, Ivandro Côrrea Fonseca, a quem os trabalhos da comissão estarão subordinados, mas ele não atendeu nem retornou os telefonemas.

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