Prefeitura vai à Justiça e consegue suspensão da greve dos médicos

A prefeitura de Campo Grande conseguiu suspender na Justiça a greve marcada pelos médicos do município, marcada para começar às 7h da próxima sexta-feira (26). A decisão saiu no começo da noite desta sexta-feira (23).
De acordo com procurador geral do município, Alexandre Ávalo Santana, o pedido liminar foi entregue nesta tarde e alegava a ilegalidade da greve ao juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública, Jose Eduardo Neder Meneghelli.
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"Alegamos que há descumprimento da lei de greve, já que essa paralisação não cumpre os requisitos necessários, não há o quantitativo mínimo pedido pela legislação", comenta Alexandre Santana.
Uma das ilegalidades apontadas pelo procurador da prefeitura foi de que não foram esgotados todas as negociações entre médicos e a prefeitura. Além disso, os salários dos profissionais está em dia.
Caso a decisão são seja cumprida, foi estipulado pela Justiça uma multa diária de R$ 10 mil, que terão de sair do patrimônio pessoal do presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Flavio Freitas Barbosa, ao invés dos cofres do sindicato.
A reportagem tentou contato com Flávio, mas até o fechamento do texto, não obteve êxito. O Sinmed e seus dirigentes ainda não foram notificados sobre a determinação judicial impedindo a greve, segundo Santana.
Greve - Na terça-feira (20), os médicos da prefeitura anunciaram que entrariam em greve ao não conseguirem um acordo com a administração municipal. A categoria já rejeitou duas propostas de reajustes e segue sem aumento de salário.
A segunda proposta da prefeitura foi de 6% de reajuste no plantão e 30% na gratificação por desempenho. A discussão sobre o reajuste salarial já dura quase 2 meses, sendo que os médicos solicitaram aumento de 27,5%, inicialmente.
Eles alegam que o valor pedido corresponde à correção da inflação dos últimos 3 anos. No detalhamento dessa proposta, apresentado na terça, a categoria considerou a inflação de 22,94% de 1º de maio de 2014 a 29 de fevereiro deste ano, mais a inflação prevista para 2017, que é 4,15%.