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Capital

Preocupada com neto que levou mordida, avó alertou sobre morte de cachorro

Aline dos Santos | 12/08/2011 12:55
Avó monitoruu cachorro. “Já morei em fazenda e sei que a raiva mata”. (Foto: Simão Nogueira)
Avó monitoruu cachorro. “Já morei em fazenda e sei que a raiva mata”. (Foto: Simão Nogueira)

Avó do garoto de 16 anos que foi mordido pelo cachorro diagnosticado com raiva, Maria Anita Alves Maxi, de 68 anos, monitorou o animal, que pertencia a um vizinho.

“Ele mordeu a mão do Júnior no dia 12 de julho. Ficou feio e levei ele no outro dia ao posto de saúde do Nova Bahia”, conta. No posto, o adolescente recebeu a primeira das sete doses da vacina contra a raiva.

Preocupada, ela ficou de olho no cachorro. “Já morei em fazenda e sei que a raiva mata”, conta. O temor aumentou no dia 23 de julho, quando soube que o cachorro morreu. “Eles jogaram o cachorro para fora de casa. Voltei no posto, para saber o que deveria fazer”, relata.

O animal foi recolhido no dia 25, uma segunda-feira, pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). A raiva foi confirmada no segundo exame. “Primeiro, falaram que estava tudo bem. Depois, avisaram que o cachorro tinha raiva”, conta Maria Anita.

Segundo ela, o neto ainda tomará mais duas doses da vacina. “Graças a Deus, ele está bem. Tá estudando, tem apetite”, diz, zelosa.

Próximo ao local, na rua Venâncio Ayres, no bairro Vida Nova 3, Ivana Leandro de Oliveira, de 30 anos, afirma que está preocupada com os filhos. “O cachorro brincava na rua, junto com as crianças. Depois que ele apareceu morto, começou a vir muita gente da Saúde aqui no bairro, vinham em peso”.

Ivana foi orientada a levar s filhos – de dois e dez anos – ao pediatra, para avaliar a necessidade da vacina.

Na casa do cachorro que morreu, as crianças reclamam de saudade. “O Nenén jogava bola na rua com a gente. Ele não era bravo”, conta Michel, de 9 anos. Com a descoberta da doença, também foi levada os outros animais domésticos. “Levaram a minha cachorra Micaela e o gatinho”.

Os seis moradores da casa receberam a vacina. Mauro Miquilino, de 20 anos, conta que estacam com o cachorro há dois meses. Eles ganharam o animal de um vizinho.

Próximo às residências, há uma chácara. Moradores relataram a presença de morcegos e animais silvestres.

Em geral, o animal com raiva apresenta sinais clínicos como alterações de comportamento, depressão, demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), salivação excessiva, e, por fim, a paralisia.

A descoberta de um caso fez com que o CCZ deflagrasse uma campanha de emergência no Jardim Anache e região, com a imunização de 1.300 animais.

Pelo calendário do Ministério da saúde, a vacinação contra a raiva de cães e gatos está prevista para setembro.

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