Preso, suspeito de assassinar adolescente afirma ter agido para se defender
O caso aconteceu no dia 8 de julho na casa em que a vítima morava na área invadida da Homex
Aleff Rickellmy Pereira Fernandes da Silva, assassino do adolescente Gabriel Henrique da Silva dos Santos, 17 anos, se apresentou a polícia e confessou o crime, mas alegou ter agido em legítima defesa. O caso aconteceu no dia 8 de julho na casa em que a vítima morava na área invadida da Homex, na região do Jardim Centro-Oeste.
Ele se apresentou a polícia no dia 12 de julho. Aleff já estava com a preventiva decretada desde o dia 9 e por isso ficou preso. Em depoimento confessou ter assassinado o adolescente e inocentou o comparsa Edson de Souza Rocha do crime.
O preso explicou que dias antes do crime comprou uma moto de Gabriel, pagou R$ 600 de entrada e combinou de entregar outros R$ 500 mais tarde. Antes disso, no entanto, descobriu que o veículo era furtado após ver Edson ser preso por receptação.
Depois de dois dias na cadeia, Edson foi liberado e Gabriel passou a cobrar a dívida. Aleff afirmou ter se comprometido a pagar mesmo sem a moto, já que ela foi apreendida pela polícia, mas pediu para o adolescente parcelar o valor. Pagou mais R$ 100, mas ainda assim foi pressionado pela vítima.
Para o delegado, o preso contou que Gabriel o procurou no dia 5, uma sexta-feira, e nervoso fez ameaças para receber o dinheiro. Na data chegou até a sugerir que ele cometesse roubos para pagar. Dois dias depois, o adolescente foi novamente a casa dos suspeitos e deu “um prazo” para eles, alegando que “fechava com o comando” e que se não recebesse os mataria.
Na versão de Aleff, nesse mesmo dia, Gabriel passou de moto várias vezes em frente a sua casa e fez ameaças com uma arma para ele e Edson. Por conta disso, ele resolveu comprar um revólver calibre 38, pelo qual pagou R$ 1,3 mil, e procurar o adolescente para “resolver a situação”.
Aleff então convidou Edson para ir até a casa de Gabriel conversar. Em depoimento reforçou que o comparsa não sabia que ele estava armado e que ao encontrar a vítima, percebeu que ela também tinha um revólver na cintura e fazia questão de mostrar na tentativa de intimidá-lo.
A conversa terminou em discussão, segundo o próprio suspeito. Ele detalhou ao delegado que resolveu ir embora, mas ao virar as costas viu Gabriel levar a mão da cintura e reagiu primeiro. Sacou a arma e disparou quatro vezes. Depois fugiu de bicicleta do local. Contou ainda que no caminho deixou o revólver cair do bolso do casaco, mas só percebeu depois.
Ainda em depoimento, Aleff alegou ter se arrependido, mas que se não tivesse atirado poderia estar morto. Segundo ele, Gabriel era integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e fazia a "disciplina" no bairro.