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Capital

Preso tenta fugir da Máxima se passando por colega parecido com ele

No ano passado, outro detento conseguiu fugir da penitenciária usando a mesma estratégia

Luana Rodrigues | 07/02/2017 17:34
Veículo usado na transferência de presos circulando por ruas do Jardim Noroeste (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Veículo usado na transferência de presos circulando por ruas do Jardim Noroeste (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Um detento de 33 anos se passou por outro preso numa tentativa de ganhar liberdade da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (7), quando o detento foi flagrado por agentes penitenciários.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Jaelson Rodrigues de Aquino, 33 anos, se apresentou no lugar de Maxwel Siles Ferreira, 35 anos, que havia recebido benefício de progressão para o regime semiaberto e a partir de hoje, passaria a cumprir pena no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Apesar da semelhança física com o colega, Jaelson foi flagrado pelos agentes, que perceberam a troca ao fazerem a entrevista e checarem traços permanentes como tatuagens e cicatrizes.

Jaelson foi alojado em cela disciplinar e irá responder pelo ato. A Agepen também investiga se Maxwel, o real favorecido com o benefício de progressão, foi conivente com a ação, que é crime.

Prática comum – Esta não e a primeira vez que um detento tentar fugir da Máxima usando o nome de outro. No dia 2 de dezembro do ano passado, Wagner Edson Guimarães, 26 anos, tentou se passar por Wagner Pereira Colaneri, 32 anos, para deixar a prisão.

Colenari havia sido preso em 2010, após furtar frascos de protetor solar na região central, no entanto, conseguiu progressão de regime e seria solto no dia 2 de dezembro.

Guimarães conseguiu enganar os agentes e fugiu. Segundo o relato dos policiais militares e agentes penitenciários que trabalharam no dia da remoção, ele agiu de forma perfeita, respondeu perguntas de cunho particular, passando corretamente números de documentos do colega como o RG e a matrícula de registro na penitenciária.

“É um erro mais do que grosseiro, pois nem fisicamente os dois se pareciam”, disse um agente penitenciário, que prefere não se identificar, ao Campo Grande News.

A investigação sobre o ocorrido está sob a responsabilidade do delegado Paulo Henrique Sá. Ele explica que por enquanto não há evidências de que houve facilitação por parte de algum servidor e que o detento será indiciado por falsidade ideológica, sendo captura ou não. 

A Agepen informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Corregedoria está investigando a falha. Além disso, garantiu que com a implantação de um sistema de identificação por biometria (leitura eletrônica da impressão digital) vai evitar o erro se repita. “A direção do presídio já está trabalhando na implantação do sistema”, afirmou a nota da Agepen, sem detalhar quando o software estará instalado.

Ainda de acordo com a Agepen, para coibir possíveis trocas, devido ao grande número de presos no local, além do trabalho de identificação por parte dos agentes penitenciários, a direção do presídio já trabalha na implantação de um sistema biométrico de leitura digital para fazer a conferência dos presos, quando beneficiados para sair da unidade prisional.

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