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Capital

Presos que fizeram reféns na Máxima vão responder por sequestro

Aline dos Santos e Ítalo Milhomen | 02/05/2011 14:18
Máxima foi cenário de tentativa de fugra nesta segunda-feira. (Foto: João Garrigó)
Máxima foi cenário de tentativa de fugra nesta segunda-feira. (Foto: João Garrigó)

Os presos Carlos Henrique da Silva e Adilson Pereira, que fizeram reféns após tentativa frustrada de fuga no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, vão responder por sequestro e porte de arma.

Após a rendição, eles foram levados para a 3ª delegacia de Polícia Civil. De acordo com o diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete de Oliveira, os presos saíram da cela porque pediram atendimento médico.

Escoltado por um agente, eles foram levados do pavilhão 2 até o setor de saúde do presídio. Porém, quando passavam pelo setor administrativo, Carlos Henrique teria se dirigido para o portão do presídio e ordenado que o agente o acompanhasse.

O profissional disse que ia tomar água e, na cozinha, soou o alerta. Em seguida, os presos, armados com uma pistola, levaram o agente para a área de saúde.

Lá, um médico também foi rendido. Ao todo, dez servidores foram impedidos de deixar o local. Sendo dois diretamente sob a mira dos presos.

Inicialmente, havia informação de que ouve troca de tiros entre os fugitivos e a PM (Polícia Militar). Porém, o tiroteio não foi confirmado pelas autoridades que participaram de entrevista coletiva.

Comandante da Cigcoe (Companhia Independente de

Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), Massilon de Oliveira Silva Neto, afirmou que o grupo de negociação chegou depois ao presídio e desconhecia a troca de tiros.

Os presos se renderam depois de duas horas. A esposa e o advogado de Carlos Henrique foram levados ao presídio. As condenações de Carlos Henrique somam 70 anos de prisão. O advogado Edgar de Souza Gomes afirma que assumiu a defesa do preso na última sexta-feira. “Ainda nem conversei com ele”.

Carlos Henrique é um dos 12 presos que foram considerados lideranças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) durante a rebelião em 2006. A facção realizou rebeliões simultâneas nos presídios de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas no Dia das Mães. O grupo chegou a passar um ano na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Os presos retornaram em setembro de 2008.

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