Presos que fizeram reféns na Máxima vão responder por sequestro
Os presos Carlos Henrique da Silva e Adilson Pereira, que fizeram reféns após tentativa frustrada de fuga no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, vão responder por sequestro e porte de arma.
Após a rendição, eles foram levados para a 3ª delegacia de Polícia Civil. De acordo com o diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete de Oliveira, os presos saíram da cela porque pediram atendimento médico.
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Escoltado por um agente, eles foram levados do pavilhão 2 até o setor de saúde do presídio. Porém, quando passavam pelo setor administrativo, Carlos Henrique teria se dirigido para o portão do presídio e ordenado que o agente o acompanhasse.
O profissional disse que ia tomar água e, na cozinha, soou o alerta. Em seguida, os presos, armados com uma pistola, levaram o agente para a área de saúde.
Lá, um médico também foi rendido. Ao todo, dez servidores foram impedidos de deixar o local. Sendo dois diretamente sob a mira dos presos.
Inicialmente, havia informação de que ouve troca de tiros entre os fugitivos e a PM (Polícia Militar). Porém, o tiroteio não foi confirmado pelas autoridades que participaram de entrevista coletiva.
Comandante da Cigcoe (Companhia Independente de
Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), Massilon de Oliveira Silva Neto, afirmou que o grupo de negociação chegou depois ao presídio e desconhecia a troca de tiros.
Os presos se renderam depois de duas horas. A esposa e o advogado de Carlos Henrique foram levados ao presídio. As condenações de Carlos Henrique somam 70 anos de prisão. O advogado Edgar de Souza Gomes afirma que assumiu a defesa do preso na última sexta-feira. “Ainda nem conversei com ele”.
Carlos Henrique é um dos 12 presos que foram considerados lideranças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) durante a rebelião em 2006. A facção realizou rebeliões simultâneas nos presídios de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas no Dia das Mães. O grupo chegou a passar um ano na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Os presos retornaram em setembro de 2008.