ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUARTA  08    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Primeiros mosquitos da dengue com bactéria do bem devem ser soltos em setembro

Biofábrica dos animais deve produzir meio milhão de Aedes Aegyptys com Wolbachia por semana

Lucia Morel | 09/06/2020 18:06
Obras começaram hoje em biofábrica e devem ficar prontas em agosto. (Foto: Divulgação Prefeitura)
Obras começaram hoje em biofábrica e devem ficar prontas em agosto. (Foto: Divulgação Prefeitura)

A partir de setembro, a soltura dos primeiros exemplares do mosquito Aedes Aegypty com a bactéria Wolbachia presente nele devem acontecer. Obra de construção da biofábrica começou hoje e deve terminar até agosto e um mês depois a liberação dos insetos deve acontecer.

Erguida ao lado do Lacen (Laboratório Central do Mato Grosso do Sul), na Vila Ipiranga, a biofábrica abrigará salas para a produção dos mosquitos com a Wolbachia, bactéria que quando presente nos animais, os impedem de desenvolver os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.

Pretende-se, a partir do início da produção, se alcançar um milhão e meio de mosquitos com Wolbachia produzidos na cidade por semana. “Essa produção irá atender o município de Campo Grande e também as pesquisas que são feitas para manutenção da colônia e viabilidade do Método Wolbachia”, destaca o líder do Método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira.

Ele ainda ressalta que “é importante é lembrarmos que as liberações de Aedes com Wolbachia são temporárias, pois os próprios mosquitos começaram a se reproduzir promovendo seu estabelecimento e reduzindo a transmissão de dengue, Zika e chikungunya”.

As liberações de mosquitos com Wolbachia ocorrerão em seis fases. Cada etapa de liberação dura cerca de 16 a 20 semanas. Os primeiros bairros a receber a iniciativa global são: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado.

O Método Wolbachia será implementado em toda a área urbana de Campo Grande (MS) em cerca de três anos.

Bactéria – A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.

Uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia.


Nos siga no Google Notícias