Proprietário de sítio pode ser responsabilizado por morte de rapaz afogado
A família de Tarcísio Augusto dos Santos, 27 anos não se conforma com a falta de explicações sobre a morte do rapaz, que foi encontrado afogado na piscina do sítio Colina, em Campo Grande. O jovem participava de uma festa particular e morreu após pular na piscina, segundo testemunhas.
"O que eu e minha mãe queremos são explicações, não estamos acusando ninguém, só queremos saber o que realmente aconteceu lá, porque cada um conta uma versão diferente", disse a irmã de Tarcísio, Aline dos Santos da Cunha. Ela conta que o irmão era brincalhão, portanto pode realmente ter pulado na piscina por várias vezes, como contaram as testemunhas, "mas ele tinha receio de entrar em água, porque não sabia nadar", explicou.
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Uma adolescente de 17 anos, que participava da festa, disse que não viu o momento em que Tarcísio morreu, porque não estava na piscina, mas afirma que não houve nenhum barulho ou perdido de socorro por parte dele. "Eu não sei o que houve, não vi nada, mas desconfiamos que ele tenha desmaiado antes de se afogar, porque não ouvimos nenhum barulho dele se debatendo e estávamos próximos, só vimos quando ele já estava no fundo e corremos pra socorrer", contou.
O delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil, Alexandre Amaral Evangelista, afirma que depende dos laudos periciais para saber a causa da morte de Tarcísio. "Já intimamos todas as testemunhas e também familiares da vítima, mas os laudos vão apontar as reais circunstâncias em que ele morreu", disse.
Evangelista disse que também vai apurar se o sítio realmente estava interditado, pois o proprietário do local pode ser autuado por homicídio culposo. "Se o clube realmente estava interditada desde ano passado e o proprietário ainda é o mesmo, ele pode sim ser responsabilizado", explicou.
Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, o local estava interditado desde 2013, quando morte semelhante a de Tarcísio fez com que os bombeiros interditassem o local por falhas no projeto de segurança. Os donos não encaminharam os documentos necessários para a reabertura e estavam impedidos de locar o espaço.
Na época, também foi aplicada multa de 90 Uferms. Detalhes sobre os pontos que motivaram a interdição não foram divulgados.
Suspeitas - De acordo com a perícia, a piscina tem 2 metros de profundidade e ele pode ter tido hipoglicemia, que é quando há alteração da quantidade de açúcar no sangue e a pessoa perde a capacidade motora.
Essa pode ser uma explicação para a morte, já que a piscina não era tão funda e a vítima entrou e saiu da água várias vezes até ficar inconsciente.