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Capital

Rapaz que matou avó durante briga é condenado a 13 anos de prisão

Weikmam vai responder por homicídio qualificado pelo motivo fútil, ocultação de cadáver e fraude processual

Geisy Garnes | 09/04/2019 16:35
Nesta terça-feira Weikmam foi defendido pelos advogados Cristiano Paim gaspareti e Sarita Godoy (Foto: Marina Pacheco)
Nesta terça-feira Weikmam foi defendido pelos advogados Cristiano Paim gaspareti e Sarita Godoy (Foto: Marina Pacheco)

Weikmam Agnaldo de Mattos Andrade da Silva, de 23 anos, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da própria avó em maio de 2016, em Campo Grande. A pena veio no segundo julgamento do réu, já que no primeiro - realizado em fevereiro - ele foi declarado como indefeso após a advogada ameaçar suicídio no tribunal.

Madalena Mariano de Mattos Silva, 59 anos, foi agredida até a morte pelo neto em maio de 2016 no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. Após cometer o assassinato, Weikmam ainda esfaqueou, abandonou o corpo em um terreno baldio e pegou um cartão bancário da vítima para simular um assalto.

No primeiro julgamento Weikmam afirmou que matou a avó em um momento de raiva, após a ouvir chamar sua mãe de prostituta durante uma discussão por causa de um celular.

“Na hora levantei da cama e a segurei com um golpe mata-leão. Só soltei quando vi que estava a enforcando. Ela caiu e bateu a cabeça no chão. Vi o sangue e me desesperei. Ainda tentei acordá-la, mas percebi que havia morrido. Sentei no sofá, chorei e percebi que havia acabado com a minha vida. Eu amava a minha avó. Não queria matá-la”, disse.

Ainda assim, tirou a roupa de Madalena, lavou o corpo, o enrolou em um edredom e abandonou o corpo em um terreno baldio. Para não levantar suspeita, saiu para comer sushi e foi a uma festa de aniversário. Na época em que foi preso, o réu chegou a dizer que matou a avó para vender os pertences da casa e pagar uma dívida de R$ 3,7 mil. Weikmam morava com a vítima há 15 anos.

Nesta terça-feira (9), enquanto o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) defende a condenação de Weikmam por homicídio qualificado pelo motivo fútil, ocultação de cadáver e fraude processual, a defesa tenta excluir todas as qualificadoras, afirmando que o rapaz agiu sob forte emoção e vem de uma família desprivilegiada e desestruturada.

Diante dos depoimentos, os jurados decidiram pela condenação de Weikmam por todos os crimes apontados pelo MPMS e o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, fixou a pena em 13 anos e seis meses de detenção em regime fechado.

Julgamento suspenso - O primeiro julgamento, realizado no dia 19 de fevereiro, foi suspenso após a advogada de defesa apresentar comportamento estranho.

Durante o julgamento, ela chegou a chorar e a dizer que cometeria suicídio. Membros da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) acompanhavam a audiência e teriam sido avisados por conhecidos da advogada que ela estaria passando por problemas psicológicos.

Após o desabafo da advogada, o promotor público José Artur Iunes Bobadilha fez pedido ao juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que presidia o júri, que declarasse o réu como indefeso. O magistrado, por sua vez, disse que teria o poder de tomar a decisão, mas preferiu chamar os jurados para outra sala. A decisão foi unânime entre os componentes do júri, devido a advogada transparecer que não estava em condições de prosseguir com a defesa.

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