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Capital

Reagentes chegam e perícia começará a liberação de corpos após exames

Governo compra insumos e peritos prometem identificar e entregar à família corpos atualmente parados no Imol, como o de Sebastião Mauro Fenerich, encontrado carbonizado na última segunda-feira

Rafael Ribeiro | 12/07/2017 10:27
HB20 de Sebastião Fenerich queimado: equipada,
perícia realizará exames e iniciará liberação de corpos (Foto: Alcides Neto)
HB20 de Sebastião Fenerich queimado: equipada, perícia realizará exames e iniciará liberação de corpos (Foto: Alcides Neto)

O Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Campo Grande vai começar a conclusão de exames periciais e liberação dos mais de 20 corpos que estão parados no órgão após a chegada, na última semana, de insumos e reagentes químicos necessários para a realização dos procedimentos.

Entre os cadáveres que deverão ser entregues às famílias nas próximas semanas está o do engenheiro agrônomo Sebastião Mauro Fenerich, 69 anos, encontrado carbonizado no porta-malas de um HB20, na segunda-feira (10).

A informação foi confirmada pela coordenadora-geral de perícias de Mato Grosso do Sul, Glória Suzuki, por telefone ao Campo Grande News.

“Os materiais chegaram na última semana e vamos começar a fazer as liberações. Mas pela complexidade dos exames e trabalhos, não podemos falar em prazos para resolvermos todas as demandas”, disse.


A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) confirmou que o Imol da Capital teve as demandas de materiais atendidas, mas não informou o valor gasto com a compra.

Devidamente equipada, a perícia agora deverá concluir os trabalhos pendentes. No caso de Fenerich, a Sejusp estabeleceu que a finalização da identificação do corpo através de exame de DNA deverá acontecer em até dez dias. A Pasta diz, por meio de nota, que não foi possível fazer o exame papiloscópico ( com uso das impressões digitais) devido ao estado do corpo.


Até agora, o que atesta a suspeita da polícia quanto à identidade da vitima é a propriedade do veículo incendiado e que estava no nome de Fenerich, além de vizinhos de sua residência que também confirmaram o desaparecimento do agrônomo.

Peritos confirmaram que familiares da vítima vieram na tarde desta terça-feira (11) de São Paulo (SP) para realizar a coleta de material genético e assim dar sequência ao processo de identificação.


Outros casos de menor repercussão também terão a liberação dos corpos, enfim, processada. Um deles é o de Joaquim de Souza Santos, 64, que a família espera desde o dia 27 de fevereiro pela identificação oficial, quando seu corpo foi encontrado nu em um terreno baldio da Vila Morumbi (zona leste de Campo Grande).

“É um alento, um alívio para a gente, que espera por boas notícias e o fim dessa agonia há cinco meses”, destacou a auxiliar de costura Márcia da Silva Santos Teodoro, 27, sobrinha de Santos. Segundo ela, até mesmo a máquina de raio-x que estava quebrada foi consertada.

Assim como no caso de Fenerich, o corpo do idoso também estava em avançado estado de decomposição, impossibilitando a identificação pelas digitais e sendo necessário fazer o exame de DNA.

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