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Capital

Relógio de Ponto nas UPAs ainda não tem data para ser implantado

Vania Galceran | 07/01/2015 17:16
Coordenador de emergência afirma que não há prazo definido para instalação de relógios de ponto para fiscalizar horário de trabalho de funcionários da saúde. (Foto: Marcelo Calazans)
Coordenador de emergência afirma que não há prazo definido para instalação de relógios de ponto para fiscalizar horário de trabalho de funcionários da saúde. (Foto: Marcelo Calazans)

Por conta dos constantes atrasos e as faltas de médicos que atuam nas unidades de saúde de Campo Grande, os profissionais passarão a ser monitorados “mais de perto” pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), nas unidades 24 horas.

Postos 24 horas vão passar a ter pontos eletrônicos instalados bem na entrada para monitorar o horário de trabalho dos médicos que atuam nas unidades de saúde.

Uma das maiores reclamações da população é que acontecem com freq uência atrasos e faltas dos funcionários, por isso a prefeitura, através da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) decidiu monitorar "bem de perto" a entrada e saída dos médicos.De acordo com o Coordenador de Urgência da Sesau, Paulo Tognini, não existe nada determinado, o que existe é uma intenção em instalar os relógios de ponto em todas as UPAs e CRS da cidade.

O coordenador não confirmou a data que a instalação dos equipamentos deve ser feita. "Tudo que a prefeitura compra é através de licitação, vamos depender agora dos levantamentos técnicos para implantação dos equipamentos", afirmou. Ele disse ainda que a instalação do relógio de ponto é fazer justiça com o trabalhador, que muitas vezes ultrapassa seu horário de trabalho e que nesse caso, poderá contar com o banco de horas.

Indagado se o ponto seria apenas para médicos ou para todos os colaboradores das unidades o gestor disse que não sabe informar ainda, disse apenas que o assunto está sendo avaliado.

Paulo Tognini, assumiu a gestão de urgência da Sesau em junho do ano passado e ressalta que esta é apenas uma, das diversas ações que o prefeito Gilmar Olarte pretende instalar para melhorar o atendimento a saúde da população. O gestor é responsável pelas 3 UPAs, 6 CRSs, Hospital da Mulher e SAMU.

Desde que assumiu, o coordenador fez questão de destacar que em primeiro lugar está sendo feita uma recuperação física e material das unidades, além da aquisição de utilitários que foram encontrados pela atual administração "depreciados". Em segundo lugar o investimento que vem sendo feito é em logística, como transporte, laboratório, aliementação, entre outros.

E em terceiro lugar, a dotação de recursos humanos. Onde já estão previstas contratações de mais profissionais para atender nas UPAS, entre eles estaríam pediatras e assitentes sociais. Segundo Tognini, já foi feita uma solicitação para o Departametno de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Saúde, mas ele não quis confirmar números e nem para quando isso deve ocorrer.

Pelo menos mais dois novos respiradores eletrônicos que são equipamentos utilizados nas UPAs, estão sendo comprados para a UPA da Vila Almeida e outros 2 para a UPA CoronelAntonino.

Para o presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos) Valdir Shigueiro Siroma , a instalação de relógios de ponto é viável, porém, tem que ser para todos. "Não pode ser só para médicos, isso seria um ato inconstitucional e até de discriminação. Se for só para o médico, o sindicato deve entrar com um ação judicial contra a decisão", afirmou o presidente.

A primeira unidade a receber esse monitoramento deve ser a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Walfrido Arruda, que fica no bairro Coronel Antonino – norte de Campo Grande. Ela é a que possui o maior número de atendimentos na Capital e também abriga 12 médicos que revezam os plantões. Os profissionais trabalham na UPA em jornadas de 12 e seis horas e a Sesau disponibiliza entre nove a 12 médicos para fazer atendimento por dia.

A média de atendimento no Coronel Antonino é de 650 consultas diárias, enquanto o Ministério da Saúde prevê que para o porte da UPA fosse 450. Em torno de 700 pessoas passam diariamente pela unidade.

Esse mesmo monitoramento, no futuro, será estendido para as outras duas UPAs de Campo Grande. A próxima a passar por vistoria da prefeitura será a UPA Vila Almeida e, por fim, a do bairro Universitário.

Só ao final da implementação nas UPAs que o mesmo procedimento chegará nos CRSs (Centros Regional de Saúde), que são seis na Capital.

Apesar do Coordenador de Emergência da Secretaria de Saúde, Paulo Tognini, ter afirmado que por enquanto só existe uma intenção em implantar o sistema, o prefeito Gilmar Olarte (PP) e o secretário municipal de saúde, Jamal Salém, anunciaram essas mudanças durante vistoria feita no Cempe (Centro Municipal Pediátrico), realizada na segunda-feira (5) pela manhã.

Em 2014 foram mais de um milhão e trezentas mil consultas realizadas nas UPAs da capital.

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