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Capital

Repetindo 2023, Capital já registra 5 mortes por gripe; 22 crianças estão no CTI

Com unidades superlotadas, Prefeitura decreta situação de emergência em Campo Grande

Por Fernanda Palheta, Kamila Alcântara (*) | 30/04/2024 18:17
Pacientes formam fila em busca de atendimento na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande (Foto: Paulos Francis)
Pacientes formam fila em busca de atendimento na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande (Foto: Paulos Francis)

O mês de abril termina com cinco mortes por gripe em Campo Grande. O mesmo número registrado no fim do primeiro quadrimestre de 2023. A diferença é que este ano todas as mortes aconteceram em menos de 10 dias, entre 19 e 28 de abril.

Segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), no dia 19 de abril, dois homens, de 52 e 54 anos, morreram. Nos dias 26 e 27 de abril duas idosas, de 100 e 91 anos, foram vítimas da doença. E no último domingo (28) uma mulher de 30 anos morreu por gripe.

O cenário com aumento de caso e superlotação dos hospitais e unidades de saúde da Capital também se repetem. Nesta terça-feira (30), durante coletiva de imprensa, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, apontou que existem 1.033 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), os leitos de hospitais, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) estão 100% ocupados.

De acordo com a secretaria, 22 crianças estão internadas no CTI (Centro de Terapia Intensivo) da Santa Casa, do Hospital Regional e do HU-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian). E a já está em negociação com quatro hospitais da Capital para abertura de mais leitos, porém todos estão com lotação máxima.

Diante do cenário da saúde municipal, a prefeita Adriane Lopes (PP), assinou o decreto, válido por 90 dias, declarando situação de emergência e autorizando medidas administrativas para enfrentar a crise.

Conforme o documento publicado em edição extra do Degrade (Diário Oficial de Campo Grande) hoje, a Secretaria de Saúde coordenará as ações para conter a emergência, podendo emitir normas complementares conforme necessário. O decreto entra em vigor imediatamente, podendo ser prorrogado.

Nas UPAs e CRSs houve um reforço na equipe médica, com um profissional a mais em cada unidade e dois na UPA Leblon, local com maior fluxo de atendimento. Segundo a Secretaria, o tempo de espera por atendimento pode variar de 2 a 5 horas.

A tendência é que os casos aumentem na macro região de Campo Grande, é o que aponta último o Infogripe divulgado pela Fiocruz, com os dados do Ministério da Saúde. “Tem a possibilidade de um aumento de mais de 95% dos casos”, disse a secretária municipal de Saúde.

Rosana reforçou a necessidade da prevenção. Este ano, a Prefeitura antecipou a campanha de vacinação contra a gripe, porém a adesão foi baixa. Apenas 17% do público-alvo se vacinaram.

A titular da pasta informou que será mantida a estratégia de vacinação. “A ideia é reforçar as atuais estratégias para atrair esse público. A vacinação todos os dias nas unidades de saúde e nos finais de semana, em sistema de plantão”, afirmou.

(*) Colaborou Jhefferson Gamarra e Cassia Modena

Matéria alterada às 19:11 para acréscimo de informações 

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