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Capital

Repositor morto atropelado por carro e moto realizou o sonho da casa própria

Alan Diógenes | 14/12/2015 17:59
Familiares em velório de Jefferson na capela do Cemitério Jardim das Palmeiras. (Foto: Gerson Walber)
Familiares em velório de Jefferson na capela do Cemitério Jardim das Palmeiras. (Foto: Gerson Walber)
Jefferson tinha vindo de Ponta Porã para trabalhar na Capital. (Foto: Gerson Walber)
Jefferson tinha vindo de Ponta Porã para trabalhar na Capital. (Foto: Gerson Walber)

O repositor Jefferson Antônio Torraca, 40 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira, na Santa Casa, após ser atropelado por carro e moto na noite de ontem (13), tinha realizado o sonho da casa própria depois de comprar o 1º apartamento. O acidente aconteceu na Avenida Guaicurus, em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário, e os condutores fugiram sem prestar socorro à vítima.

O sobrinho dele, o operador de telemarketing Rodrigo Batista Torraca, 32, contou que o tio estava voltando de um almoço na casa da enteada quando a colisão aconteceu. Jefferson veio de Ponta Porã e trabalhava em uma grande loja de utilidades domésticas na Capital. “Uma pessoa trabalhadora, simpática e muito querida por todos”, comentou.

Jefferson era casado com Rosimeire, também de 40 anos. Foi a esposa que o apresentou ao casal de amigos Carlos Gabriel dos Santos, 47, e Cristina Balbina Serra dos Santos, 38. “Sempre jantávamos na casa deles. Última vez que nós o vimos faz 15 dias. Uma pessoa alegre, animada e cheia de planos”, destacou Carlos.

Já Cristina coloca a culpa da morte à “guerra no trânsito” travada entre os condutores. “Sempre quem perde é quem está em um veículo menor. O trânsito anda muito violento. É um desrespeitando o outro. O povo anda em alta velocidade e parece que sempre está atrasado. Motociclistas e ciclistas, que estão mais expostos, sempre levam a pior”, mencionou.

Para Carlos a culpa não é da falta de fiscalizações de trânsito ou das autoescolas e sim da imprudência dos condutores. “Enquanto as pessoas não se conscientizarem sempre teremos que conviver com esse tipo de situação”, afirmou.

Ele foi velado na capela do Cemitério Jardim das Palmeiras, na Avenida Tamandaré. O corpo também foi enterrado no mesmo cemitério.

Outras mortes - Carlos também conhecia o policial militar Ronaldo Correia de Andrade, 35, que também morreu em um atropelamento no sábado (12), na Avenida Spipe Calarge. Ele conduzia uma motocicleta quando foi atingido por um Ford Kadett, de cor prata. O condutor, um foragido da Justiça, também não respeito a sinalização ao furar o sinal vermelho.

“Ele fazia segurança particular em um comércio na rua da minha casa. Uma pessoa de boa índole, muito educado e diferente de alguns policiais que não dão muito conversa”, completou Carlos.

O adolescente Luís Fernandes Marquês Aragão, 16, também morreu neste final de semana. Ele seguia em uma moto Honda Titan, de cor prata, quando foi atingido por um veículo Gol, que estava na contramão. O garoto era funcionário de uma oficina mecânica e estava em horário de expediente.

Amigos disseram que Jefferson era trabalhador e uma pessoa muito querida por todos. (Foto: Gerson Walber)
Amigos disseram que Jefferson era trabalhador e uma pessoa muito querida por todos. (Foto: Gerson Walber)
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