Réu é condenado a 14 anos por morte encomendada registrada em vídeo
André Vasconcelos matou Júnior Ferreira em dezembro de 2024 por dívida ligada à carga de cigarros
A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou André Maia Tavares Vasconcelos a 14 anos e 2 meses de prisão nesta sexta-feira (31) por matar Júnior Ferreira de Araújo em 13 de dezembro de 2024, no Bairro Universitário, em Campo Grande.
RESUMO
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André Maia Tavares Vasconcelos foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pelo assassinato de Júnior Ferreira de Araújo, ocorrido em dezembro de 2024, em Campo Grande. O crime, motivado por uma dívida de R$ 300 mil relacionada ao contrabando de cigarros, foi executado mediante pagamento de R$ 10 mil. O assassino confessou ter sido contratado em Ponta Porã pelo mandante Maciel Ferreira Gaúna, que segue foragido. A Justiça considerou o crime hediondo e determinou o pagamento de indenização de R$ 10 mil à família da vítima. O caso foi registrado por câmeras de segurança, que comprovaram a impossibilidade de defesa da vítima.
O réu atraiu a vítima sob falso pretexto, disparou três vezes à curta distância e agiu a mando do mandante, motivado por dívida de R$ 300 mil envolvendo contrabando de cigarros. O crime foi registrado por câmeras de segurança e impediu qualquer defesa da vítima.
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André foi contratado em Ponta Porã e se hospedou próximo à casa de Júnior antes de cometer o homicídio. Ele confessou espontaneamente o crime, o que reduziu a pena-base de 17 para 14 anos e 2 meses. O juiz considerou o assassinato hediondo e determinou o cumprimento imediato da pena, conforme entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal).
A promotoria informou que o homicídio ocorreu por motivo torpe, mediante promessa de pagamento de R$ 10 mil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. As investigações apontam que a motivação envolvia acerto de contas com desvio de carga de cigarros e drogas do mandante. O processo referente ao mandante, que segue foragido, foi desmembrado e corre separadamente.
A Justiça também determinou que André pague indenização de R$ 10 mil à família de Júnior, corrigida monetariamente e acrescida de juros. O crime foi registrado por um cabo da Polícia Militar, que prestou os primeiros socorros, e a vítima morreu dentro da ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A decisão do Tribunal do Júri acolheu, por maioria, a tese apresentada pelo MPE (Ministério Público Estadual).
Mais cedo, André relatou que, à época do crime, havia saído do presídio e estava trabalhando em Bonito, onde permaneceu por dois meses. Lá, reencontrou Maciel Ferreira Gaúna, a quem devia R$ 300 mil referentes a uma carga de cigarro perdida.
“Maciel disse que, de um jeito ou de outro, eu teria que pagar. Depois de alguns dias, ele me disse que tinha uma pessoa para matar em Campo Grande e que, se eu fizesse isso, a dívida estaria quitada”, contou o réu.
Após aceitar a oferta, André foi trazido por Maciel a Campo Grande, onde ficou hospedado em uma pousada em frente à casa da vítima. De acordo com seu relato, a arma usada no assassinato foi fornecida pelo próprio mandante.
Não conhecia essa pessoa (a vítima); só tinha a foto. No dia do crime, fui até ele dizendo que queria comprar droga. Ele me colocou na garupa da moto, mas Maciel disse que queria ver-me matar. Fiquei conversando até ele passar de carro e, então, fiz os disparos", detalhou.
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