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Capital

Réus por morte em “briga de espíritos” são condenados a 37 anos

Um dos acusados, Gleibson José de Lira teve desclassificação para crime de lesão corporal e ainda vai receber a sentença

Viviane Oliveira | 26/06/2019 09:30
Na época que os suspeitos foram presos pela polícia, várias espécies de facas foram encontradas no terreiro (Foto: arquivo/Campo Grande News)
Na época que os suspeitos foram presos pela polícia, várias espécies de facas foram encontradas no terreiro (Foto: arquivo/Campo Grande News)

Três dos quatro acusados de envolvimento no assassinato do ajudante de tornearia Hélio Teixeira da Costa, 28 anos, no dia 29 de janeiro de 2017, foram condenados por homicídio qualificado pelo meio cruel em julgamento realizado ontem (25), na 1ª Vara do Tribunal do Júri. O crime aconteceu após confusão no centro de candomblé, na Avenida Wilson Paes de Barros, na Vila Nova Campo Grande.

Arislan Riosa da Silva foi condenado a 13 anos de prisão. José Glebson de Lira e Lucas Rodrigues de Almeida a 12 anos de reclusão. Já Gleibson José de Lira teve desclassificação para crime de lesão corporal e ainda vai receber a sentença. Na ocasião em que foram presos, os acusados atribuíram o crime ao que chamaram de 'briga de espíritos'.

No dia 17 de janeiro foi realizado o julgamento da mãe de santo Ana Maria Calixto, conhecida como “Mãe Maria” que também foi acusada de envolvimento no crime. Conforme o processo, no dia dos fatos a briga aconteceu na residência da mãe de santo e ela emprestou seu veículo para levar a vítima até o local do crime. Porém, submetida a júri popular, foi absolvida das acusações. Como os demais acusados recorreram, o processo foi desmembrado. 

Um dia antes do assassinato, a vítima foi à casa da mãe de santo, local onde funcionava um centro de candomblé e estava sendo realizada a “Festa de Exú”. Conforme o relatório, na madrugada seguinte, Hélio Teixeira teria retornado à residência da mãe de santo momento em que foi agredido violentamente com socos e chutes pelos cinco acusados.

Quando a vítima mal conseguia se mexer, o cunhado da mãe de santo, José Glebson, e o auxiliar de cozinha Arislan Riosa arrastaram Helio até o veículo de propriedade de Ana Maria para matá-lo fora do terreiro. O esposo dela, Gleibson José, dirigiu o veículo, enquanto os outros acusados continuaram a agredir Hélio. À época com 18 anos, Lucas Rodrigues, também participou do assassinato, golpeando com faca a cabeça da vítima ainda viva. Na ocasião em que os suspeitos foram presos pela polícia, várias espécies de facas foram encontradas no terreiro.

Chegando ao local dos fatos, Hélio foi posto para fora do veículo e teve seu pescoço cortado pelo rapaz de 18 anos. A vítima foi deixada no local e os denunciados fugiram. Segundo o Ministério Público, o crime foi praticado por meio cruel, pois os acusados, agindo em maior número, agrediram a vítima com chutes, socos e golpes de faca, causando-lhe inúmeros ferimentos enquanto vivo, apenas com o intuito de prolongar e intensificar sua dor. A vítima foi encontrada morta em um terreno baldio no Jardim Tijuca. 

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