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Capital

Revoltados com rua que vira rio, moradores cobram fim de transtornos

Bruno Chaves | 28/12/2013 15:19
Presidente do bairro organiza um um abaixo-assinado cobrando medidas para entregar aos vereadores (Foto: Bruno Chaves)
Presidente do bairro organiza um um abaixo-assinado cobrando medidas para entregar aos vereadores (Foto: Bruno Chaves)

Revoltados e cansados de verem a Rua Frutuoso Barbosa se transformar em um rio todas as vezes que chove, moradores do Jardim Oracília, em Campo Grande, unem-se para cobrar o fim dos estragos no local – principalmente grandes alagamentos e enxurradas que carregam carros, motos, móveis, botijões e até cachorros.

O presidente da Associação dos Moradores do bairro, Leopoldo Ifran, 63 anos, organiza um abaixo-assinado para ser entregue aos vereadores. “Alguma coisa tem que ser feita. Estamos sofrendo aqui”, afirma. Segundo Leopoldo, pelo menos 100 pessoas são afetadas diretamente pelos estragos das chuvas.

“O problema é recente. Teve início esse ano depois que começaram a asfaltar os bairros de cima”, explica a aposentada Esmair Aparecida, 61, que mora na rua há 20 anos. Ela conta que em duas décadas não teve tantos transtornos como os que estão ocorrendo em 2013. “As águas carregam tudo aqui, de cachorro a sofá”, relata.

Segundo o perito Renato Pereira, 25, a situação dos moradores da Rua Frutuoso Barbosa ficou insustentável depois que obras de infraestrutura começaram a ser realizadas nos bairros Coophasul, Santa Luzia, Nasser e outros.

“Toda a água desses bairros vem para cá. Nossa rua é uma decida e quando chove poucos minutos ninguém sai de casa, nem a pé, de carro ou moto”, garante. Ele conta que na última chuva forte, antes do dia de Natal, teve o carro arrastado pela força da enxurrada. “Meu carro estava na esquina e foi parar uma quadra para baixo. Minha sorte que ele não estragou”, diz.

Morador da esquina das ruas Frutuoso Barbosa com a Caxambu, o aposentado João Fernandes, 62, também afirma que os problemas com alagamentos começaram em 2013. “Eu moro aqui desde 1987 e não era assim. Agora tive até que colocar uma barreira no meu portão para tentar evitar a água da enxurrada. Já perdi guarda-roupa, gabinete de máquina de costura e outras coisas”, lamenta.

Além da perda particular, a cidade também precisa mexer no cofre público para dar manutenção na via, já que, facilmente, o asfalto cede quando chove por mais de meia hora, afirmam os moradores. “Não podemos ficar nessa situação. Temos que dar um jeito nisso aí”, acredita o presidente do bairro.

Enxurrada carrega asfalto, veículos e até cachorro, afirma moradores (Foto: Bruno Chaves)
Enxurrada carrega asfalto, veículos e até cachorro, afirma moradores (Foto: Bruno Chaves)
Água empoça no cruzamento da Rua Frutuoso Barbosa com a Avenida Ernesto Geisel e também causa transtornos aos motoristas (Foto: Bruno Chaves)
Água empoça no cruzamento da Rua Frutuoso Barbosa com a Avenida Ernesto Geisel e também causa transtornos aos motoristas (Foto: Bruno Chaves)
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