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Capital

Roubo com tiros reforça discurso contra identificação de carros da Uber

Profissionais de aplicativos de mobilidade urbana vão lutar para que decreto não exija identificação de veículos e profisisonais.

Anahi Gurgel | 23/04/2017 15:23
Motorista da Uber durante corrida no centro de Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Motorista da Uber durante corrida no centro de Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

A tentativa de homicídio a um motorista da Uber, ocorrido durante roubo na madrugada deste domingo (23), na região oeste de Campo Grande, mobilizou a categoria. Com vistas à segurança da prestação de serviço, a ideia é batalhar para que a caracterização de veículos e profissionais não seja uma exigência na regulamentação da atividade.

A informação foi repassada pelo presidente da AMU (Associação de Motoristas de Aplicativos de Mobilidade Urbana). “O roubo nesta madrugada veio reforçar algo que estamos lutando fortemente: para que não haja caracterização dos veículos e dos motoristas da Uber", disse, em relação ao novo decreto que regulamenta a atividade, em fase de elaboração. 

"Inclusive, a orientação mais recente é que os profissionais retirem o celular do para-brisa; que deixem o aparelho o mais escondido possível, ficando visível somente para passageiros no interior do veículo, sem expor o trabalhador a ação de bandidos”, destacou, complementando que a categoria está imensamente comovida com o crime. 

Assim que o caso veio à tona, motoristas de aplicativos começaram a divulgar informações em diversos grupos de mensagem, na tentativa de ajudar nas buscas pelos autores e pelo veículo, que continuam desaparecidos.

A ocorrência foi registrada por volta de 1h30, quando dois homens armados em uma motocicleta escura abordaram o motorista da Uber, de 38 anos, na rua Flamengo, esquina com a Avenida Júlio de Castilhos, na Vila Almeida. A vítima teria tentado reagir ao roubo e acabou sendo atingido por dois disparos, um no ombro e outro no abdômen.

Os homens conseguiram fugir na sequência, um na moto e outro levando o veículo da vítima, um Voyage prata, de placa NSA-1018. Até o fechamento dessa matéria, o carro e os criminosos ainda não haviam sido localizados, segundo confirmou a Polícia Militar.

O mesmo veículo, de acordo com o boletim de ocorrência, teria sido utilizado para cometer outro crime, na Rua Santo Amaro, próximo à região.

De acordo com informações da Santa Casa de Campo Grande, a vítima passou por um procedimento cirúrgico nesta manhã e já foi encaminhado para a enfermaria, com quadro clínico estável, sem risco de perder a vida.

Welligton Dias, presidente da Associação de Motoristas de Mobilidade Urbana disse que os profissionais vão batalhar pela não caracterização de veículos e motoristas. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
Welligton Dias, presidente da Associação de Motoristas de Mobilidade Urbana disse que os profissionais vão batalhar pela não caracterização de veículos e motoristas. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

Wellignton Dias afirmou que todos os motoristas associados, principalmente os que trabalham durante a noite e a madrugada, são orientados a informar sobre o paradeiro para aumentar a segurança do serviço.

“Esse rastreamento é muito importante, representa um auxílio ao trabalho dos profissionais. A recomendação é sempre reportar situações de risco, enviar a localização para que todos fiquem atentos”, ressaltou.

Ele conta que todos os associados que participam dos grupos têm obrigação de avisar sobre o início e o término do serviço, para que os outros saiam do status de 'alerta'.

Para aumentar ainda mais a segurança entre motoristas dessa categoria, a AMU está estudando a possibilidade de implantar um aplicativo que, ligado ao GPS, automaticamente rastreia os motoristas que estão fazendo corridas.

A vítima não está ligada à AMU, que possui aproximadamente 460 motoristas ativos cadastrados.

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