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Capital

Rua tomada pelo lixo causa transtorno e dor de cabeça há 10 anos

Alan Diógenes | 18/01/2015 13:23
População descarte desde podas de árvores a móveis velhos. (Foto: Alcides neto)
População descarte desde podas de árvores a móveis velhos. (Foto: Alcides neto)
José disse que borracheiros e jardineiros descartam lixo na rua. (Foto: Alcides Neto)
José disse que borracheiros e jardineiros descartam lixo na rua. (Foto: Alcides Neto)

Há dez anos os moradores enfrentam o mesmo problema no Bairro Santa Emília, em Campo Grande. Uma rua não pavimentada, localizada na região, e que dá acesso ao Bairro Nova Campo Grande virou um grande depósito de lixo e a população está preocupada com doenças que possam surgir e com a proliferação de insetos na região.

A dona de casa Gislene da Silva, 26 anos, que mora em frente à rua, disse que em dias de chuva uma “lagoa” se forma no lugar e crianças acabam tomando banho na água cheia de lixo. “A criançada do bairro se reúne e desce para cá para tomar banho. Imagina o tanto de doenças que elas estão expostas. Sem falar que podem pisar em caco de vidro, cortar o pé, ou seja, podem sofrer qualquer tipo de acidente”, comentou.

O borracheiro José Mauro, 40, afirmou que pessoas de fora do bairro que fazem o descarte de lixo no depósito. “Outros borracheiros vem e jogam vários pneus aí na rua. Existe um local na saída para Cuiabá própria para descartar pneus onde eu freqüento, mas a maioria dos borracheiros não querem gastar dinheiro com frete para levar os pneus até lá. Sem falar dos jardineiros que vivem jogando podas de árvores”, destacou.

Segundo José, somente no ano passado caminhões da Prefeitura Municipal foram três no local para fazer a retirada do lixo, mas mesmo assim a população ainda continua fazendo o descarte. “Nós chegamos a fazer uma reunião com os 30 moradores e decidimos limpar a área, também não adiantou. Acredito que só se a rua fosse cascalhada e limpa todos os dias, que as pessoas deixariam de jogar lixo”, mencionou.

A dona de casa Maria Aparecida Alvez de Almeida, 43, teme que mosquitos transmissores da dengue e febre chikungunya se proliferem no lugar. “Essa água parada misturada com lixo é um prato cheio para o mosquito da dengue. Mesmo assim os próprios moradores ainda continuam jogando lixo”, falou.

O pedreiro João Batista de Almeida, 65, acha que as pessoas que jogam lixo no local deveriam ser multadas. “Existe lei para isso e ninguém pode ficar degradando o meio ambiente. Só sentindo no bolso mesmo que as pessoas vão deixar esse hábito de jogar lixo na rua”, finalizou.

Maria teme contrair doenças como dengue e febre chikungunya. (Foto: Alcides Neto)
Maria teme contrair doenças como dengue e febre chikungunya. (Foto: Alcides Neto)
João acredita que pessoas que jogam lixo deveriam ser multadas. (Foto: Alcides Neto)
João acredita que pessoas que jogam lixo deveriam ser multadas. (Foto: Alcides Neto)
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